O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) subiu 0,6 ponto em julho, alcançando 90,9 pontos, segundo relatório divulgado na terça-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O documento aponta uma retomada gradual após duas quedas consecutivas, refletindo uma mudança nas expectativas do setor, apesar do “pessimismo persistente e incertezas”.
Para os consumidores, o aumento da confiança no comércio pode indicar oferta mais diversificada e atrativa de produtos e serviços, além de promoções e condições de pagamento mais favoráveis, já que os comerciantes se sentem mais otimistas sobre as perspectivas futuras.
O Índice de Expectativas (IE-COM), que avalia a confiança dos empresários para os próximos meses, subiu 1,1, atingindo 92,5 pontos.
Esse aumento reflete um otimismo renovado quanto à tendência dos negócios nos próximos seis meses, com uma alta significativa de 4,5 pontos neste quesito específico, atingindo o maior nível desde setembro de 2022.
No entanto, as expectativas de vendas para os próximos três meses continuam caindo, marcando uma redução de 2,3 pontos. Essa disparidade nas expectativas reflete uma incerteza entre os comerciantes sobre a recuperação do consumo, especialmente em um cenário de altas taxas de juros e endividamento elevado.
Para os consumidores, isso pode significar que, embora haja mais otimismo sobre o futuro, as ofertas e condições comerciais no curto prazo podem permanecer restritas.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM), que mede a percepção dos empresários sobre o momento presente, também apresentou uma ligeira alta de 0,2 ponto, alcançando 89,9.
As avaliações sobre a situação atual dos negócios melhoraram em 1,5 ponto, mas o indicador de volume de demanda atual caiu 1,0 ponto, atingindo 88,5 pontos, o menor nível desde outubro de 2023. Essa queda na demanda atual é preocupante, pois sugere que, apesar de uma percepção ligeiramente melhorada das condições de negócios, a realidade do mercado ainda é desafiadora.
Para os consumidores, uma demanda menor pode se traduzir em menos pressão sobre os preços, mas também em uma menor oferta de produtos e serviços.