O Índice de Confiança dos Serviços (ICS), da Indústria (ICI) e do Comércio (ICOM), medidos pela FGV IBRE, apresentou variações em setembro de 2024. Os setores de serviços e indústria caíram, enquanto o comércio teve leve alta.
Serviços registram queda
O Índice de Confiança dos Serviços (ICS) caiu 0,8 ponto, para 93,8, o menor nível desde maio de 2023. A média móvel trimestral ficou estável, com leve variação negativa de 0,1 ponto.
A queda foi impulsionada pela percepção negativa da situação atual e das expectativas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,3 ponto, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 0,4 pontos.
O volume de demanda foi o principal fator, com queda de 2,2 pontos, atingindo 94,8. A situação dos negócios também recuou levemente.
Em contrapartida, a tendência de negócios para os próximos seis meses subiu 1,7 ponto, para 93,3, mas a cautela permanece.
Indústria em queda
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,2 ponto, fechando setembro em 100,5. Apesar disso, a média móvel trimestral registrou alta de 0,7 ponto.
A queda reflete piora nas avaliações sobre a situação atual e as expectativas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,6 ponto, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,7 ponto.
O nível de demanda recuou 1,6 ponto, e os estoques caíram 0,4 ponto. Ainda assim, as expectativas de produção para os próximos três meses aumentaram.
A tendência de negócios para os próximos seis meses teve queda de 3,5 pontos, indicando pessimismo no setor.
Comércio em alta
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) subiu 1,1 ponto em setembro, alcançando 90,2. A média móvel trimestral se manteve estável.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 1,1 ponto, e o Índice de Expectativas (IE-COM) teve alta de 1,0 ponto.
A situação atual dos negócios subiu 4,2 pontos, enquanto o volume de demanda recuou 1,9 ponto, para 90,8.
A recuperação pode estar ligada à retomada das atividades após o desastre no Rio Grande do Sul, mas a cautela permanece devido ao endividamento das famílias.
Cenário macroeconômico
A elevação da taxa de juros para conter a inflação afetou a confiança nos três setores. Embora emprego e renda mostram resultados positivos, o endividamento e os custos continuam limitando uma recuperação mais forte.