De acordo com dados divulgados na terça-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as exportações somaram US$ 30,919 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 23,279 bilhões, totalizando uma corrente de comércio de US$ 54,198 bilhões. A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 7,64 bilhões em julho de 2024, impulsionado pelo aumento significativo nas exportações.
Comparado a julho de 2023, houve um crescimento de 9,3% nas exportações. Esse aumento foi puxado principalmente pelos setores de agropecuária, indústria extrativa e produtos da indústria de transformação.
No setor agropecuário, os destaques foram café não torrado, soja e algodão em bruto. Já na indústria extrativa, minério de ferro e minérios de cobre apresentaram os maiores crescimentos. Na indústria de transformação, os produtos que mais se destacaram foram celulose, carne bovina e açúcares.
Importações
As importações também registraram um aumento de 15,7% em relação a julho do ano anterior. Os setores de maior crescimento foram agropecuária e produtos da indústria de transformação.
O trigo e centeio, não moídos, e os adubos ou fertilizantes químicos lideraram o aumento nas importações. De acordo com o relatório, este crescimento nas importações ocorreu devido à recuperação da demanda interna e a necessidade de insumos para a produção industrial.
Exportações acumuladas no ano
No acumulado de janeiro a julho de 2024, as exportações totalizaram US$ 198,202 bilhões, representando um crescimento de 2,4% em comparação ao mesmo período de 2023. As importações no mesmo período somaram US$ 148,646 bilhões, resultando em um superávit acumulado de US$ 49,556 bilhões.
A corrente de comércio acumulada no ano foi de US$ 346,849 bilhões, indicando aumento no comércio exterior brasileiro.
Principais destinos das exportações
Os principais destinos das exportações brasileiras em julho de 2024 foram a China, Estados Unidos, Espanha, Itália e Singapura. As exportações para a China aumentaram 16,1%, consolidando o país asiático como o principal parceiro comercial do Brasil.
Para os Estados Unidos, o aumento foi de 15,3%, refletindo a diversificação dos produtos exportados. Na Europa, as exportações para a Espanha e Itália registraram crescimentos expressivos de 45,4% e 81,7%, respectivamente, demonstrando a forte demanda europeia por produtos brasileiros.
Desempenho setorial
No setor agropecuário, além do café, soja e algodão, outros produtos também se destacaram. Produtos hortícolas frescos ou refrigerados tiveram um aumento significativo, assim como animais vivos, não incluindo pescados ou crustáceos.
Na indústria extrativa, além do minério de ferro e cobre, o setor de pedras, areia e cascalho também apresentou crescimento. A indústria de transformação viu aumentos notáveis em produtos como celulose e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada.
