Desemprego no Brasil cai para 7,1% em maio de 2024

De acordo com o relatório, mais de 1 milhão de pessoas conseguiram emprego durante o período registrado.

Por Matheus de Andrade
28/06/2024 11:45 Atualizado: 28/06/2024 11:45

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (28) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) para o trimestre de março a maio de 2024. Os números mostram uma melhora no mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego caindo para 7,1%, representando uma redução de 0,7% em comparação com o trimestre anterior e de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o relatório, o número de pessoas desempregadas no país caiu para 7,8 milhões, uma diminuição tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2023.

Gráfico: Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de
referência dos trimestres de março a maio de 2024 – Brasil – 2012/2024 (em %) (Fonte: IBGE)

O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em 101,3 milhões, um acréscimo de mais de 1 milhão de trabalhadores em comparação com o trimestre anterior. Esse crescimento foi impulsionado, em parte, pelo aumento no número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 38,3 milhões, e também pelo crescimento dos empregos sem carteira assinada, totalizando 13,7 milhões de trabalhadores.

Além disso, a taxa de participação na força de trabalho manteve-se estável em 62%, indicando que a proporção de pessoas em idade de trabalhar que estão ativamente empregadas ou em busca de emprego não sofreu grandes mudanças.

Outro ponto de destaque foi a redução da taxa de subutilização da força de trabalho, que caiu para 16,8%. Este indicador abrange pessoas desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e aquelas que compõem a força de trabalho potencial. A queda dessa taxa sugere uma melhora na utilização da mão de obra disponível no país.

O relatório também apontou que a população fora da força de trabalho se manteve estável, assim como o número de trabalhadores desalentados, que caiu para aproximadamente 3,3 milhões. A estabilidade nesses indicadores é um sinal positivo de que menos pessoas estão desistindo de procurar emprego.

No que tange ao rendimento, o salário médio real recebido pelos trabalhadores manteve-se estável em R$ 3.181, embora tenha havido um crescimento de 5,6% em comparação ao ano anterior. A massa de rendimento mensal, que totalizou R$ 317,9 bilhões, também apresentou um aumento, refletindo a expansão do emprego e do poder de compra.

Em termos de atividade econômica, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais destacou-se com um aumento significativo no número de ocupados. No entanto, o setor de transporte, armazenagem e correio apresentou uma leve redução.