O desemprego no Brasil caiu entre junho e agosto de 2024, enquanto o número de pessoas empregadas aumentou. Os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram também uma leve alta na participação da força de trabalho no período.
O número de desempregados no Brasil caiu para 7,3 milhões, uma taxa de 6,6%. Houve uma redução de 6,5% em relação ao trimestre anterior e 13,4% em comparação ao mesmo período de 2023.
O número de pessoas ocupadas aumentou no trimestre de junho a agosto de 2024, atingindo 102,5 milhões, um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período de 2023, o aumento foi de 2,9%, com mais 2,86 milhões de pessoas empregadas.
O nível da ocupação, que representa o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão empregadas, também subiu, alcançando 58,1% no trimestre analisado, frente a 57,6% no trimestre anterior e 57,0% no ano anterior.
Participação da força de trabalho e tipos de emprego
A taxa de participação da força de trabalho, que mede o percentual de pessoas trabalhando ou procurando emprego em relação à população em idade de trabalhar, também apresentou leve alta, passando de 62,0% para 62,3% em comparação ao trimestre anterior.
Em relação aos tipos de ocupação, o número de empregados com carteira assinada cresceu 0,8%, atingindo 38,6 milhões de pessoas. Já os trabalhadores sem carteira assinada somaram 14,2 milhões, um aumento de 4,1% em comparação ao trimestre anterior.
Subutilização da força de trabalho
A taxa de subutilização da força de trabalho, que engloba desempregados, subocupados por insuficiência de horas e aqueles em potencial para a força de trabalho, caiu para 16,0% no trimestre de junho a agosto de 2024, em comparação aos 16,8% do trimestre anterior. No mesmo período de 2023, a taxa era de 17,6%.
A pesquisa destacou que, no trimestre móvel analisado, 18,5 milhões de pessoas estavam subutilizadas, uma redução de 4,7% em relação ao trimestre anterior.
Cálculo da taxa de desocupação
O IBGE calcula a taxa de desocupação com base em dados coletados pela PNAD Contínua.
Pessoas que desistiram de procurar emprego ou que não querem procurar empregos por diversos motivos como não encontrar trabalho na localidade, não conseguir trabalho adequado, não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou idoso e não ter experiência profissional ou qualificação não são consideradas desempregadas, ou desocupadas.
Quem se dedica exclusivamente aos estudos, tarefas domésticas ou possui seu próprio negócio, como empresas e MEI, também não é classificado como desempregado, não entrando no cálculo da taxa de desemprego.
A PNAD classifica como desempregadas apenas as pessoas sem trabalho que buscaram ativamente emprego sem sucesso nas semanas anteriores à pesquisa.