Em agosto de 2024, dois indicadores importantes mostraram sinais conservadores sobre a situação da construção civil no Brasil. O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) indicou uma leve redução no ritmo de aumento dos custos, enquanto o Índice de Confiança da Construção (ICST) permaneceu praticamente estável, mostrando um cenário de confiança no setor, mas ainda com cautela sobre o futuro.
O INCC-M é um índice que mede quanto os custos de construção estão subindo. Ele considera vários fatores, como o preço de materiais, equipamentos, serviços e salários dos trabalhadores na construção civil. Em agosto, o INCC-M subiu 0,64%, um pouco menos do que os 0,69% registrados em julho. Embora a alta tenha sido menor, o índice acumulado dos últimos 12 meses subiu para 4,84%, mostrando que, ao longo de um ano, os custos ainda estão subindo bastante.
O grupo que mede os preços de Materiais, Equipamentos e Serviços teve um aumento maior, passando de 0,58% em julho para 0,69% em agosto. Isso significa que os preços de insumos e serviços usados na construção estão ficando mais caros. Por exemplo, os preços de materiais de instalação, como tubos e fios, subiram de 1,42% para 2,11%, o que impacta diretamente o custo das obras.
Por outro lado, os custos com mão de obra, ou seja, os salários pagos aos trabalhadores, cresceram menos em agosto, com uma alta de 0,57%, comparada a 0,85% em julho. Isso pode indicar que os aumentos salariais estão desacelerando.
Os dados tímidos, também se veem no Índice de Confiança da Construção (ICST), que é um índice que mede a confiança dos empresários da construção civil em relação ao momento atual e ao futuro do setor. O ICTS teve uma leve alta de 0,2 ponto, chegando a 97,5 pontos, mantendo-se estável pelo quarto mês seguido.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST), que faz parte do ICST e mede como as empresas avaliam o presente, subiu 1,5 ponto, atingindo 97,0 pontos. Isso mostra que as empresas estão percebendo uma melhoria nas condições de trabalho e nos negócios do dia a dia.
No entanto, o Índice de Expectativas (IE-CST), que mede o otimismo dos empresários em relação ao futuro, caiu 1,3 ponto, indicando uma preocupação com o que está por vir. O principal motivo para essa queda foi a diminuição nas expectativas de demanda para os próximos três meses, que recuou 2,6 pontos. Isso significa que os empresários estão mais cautelosos em relação à quantidade de novos projetos e obras que podem surgir.