Cresce pressão de inflação nas indústrias

Por Matheus de Andrade
02/09/2024 14:43 Atualizado: 02/09/2024 14:43

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços de produtos na saída das fábricas, subiu 1,58% em julho de 2024 em comparação ao mês de junho. Divulgado pelo IBGE, esse indicador é essencial para avaliar a inflação no setor industrial, refletindo aumentos nos custos de produção que podem ser repassados ao consumidor final.

O IPP não considera impostos e fretes e abrange indústrias extrativas e de transformação. Em julho de 2024, o IPP registrou uma variação média de 1,58%, acima dos 1,26% observados em junho. Esse aumento reflete pressões inflacionárias em vários setores, especialmente nas indústrias de metalurgia (4,47%), papel e celulose (3,79%) e refino de petróleo e biocombustíveis (2,83%).

Acumulado no ano e comparação anual

O IPP acumulado no ano, que compara os preços de julho de 2024 com os de dezembro de 2023, chegou a 4,18%. Esse número representa uma recuperação em relação ao mesmo período de 2023, quando o índice acumulava uma queda de 7,17%. 

No acumulado dos últimos 12 meses, comparando julho de 2024 com julho de 2023, o IPP registrou um aumento de 6,63%. Esses números indicam uma tendência de alta nos preços ao longo do ano, refletindo tanto a recuperação da demanda quanto as pressões cambiais.

Análise das Grandes Categorias Econômicas

As Grandes Categorias Econômicas dentro do IPP são divididas em três principais grupos: Bens de Capital, Bens Intermediários e Bens de Consumo. Cada uma dessas categorias tem um impacto diferente na composição do índice geral, dependendo de sua relevância na economia.

  • Bens Intermediários: Esta categoria, que abrange insumos como metais, produtos químicos e componentes essenciais na produção de outros bens, representa 55,50% do IPP. Em julho de 2024, os preços dos bens intermediários subiram 1,93%.
  • Bens de Capital: Bens de capital, como máquinas e equipamentos, são fundamentais para a produção e expansão da capacidade produtiva. Em julho, seus preços aumentaram 1,28%. Embora menor que a alta dos bens intermediários, esse aumento nos custos de investimento pode frear o crescimento econômico se persistir.
  • Bens de Consumo: Dividida entre duráveis (eletrodomésticos, veículos) e não duráveis (alimentos, roupas), essa categoria registrou uma alta de 1,12% em julho de 2024. Esse aumento pode afetar diretamente a inflação.