O preço da cesta básica subiu em setembro em seis das oito capitais brasileiras analisadas pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. Curitiba teve o maior aumento, de 3,5%, enquanto Rio de Janeiro e Fortaleza registraram quedas.
Mesmo com a redução de 1,4%, o Rio de Janeiro ainda possui a cesta básica mais cara do país, custando R$ 1.046,44. São Paulo vem logo atrás, com R$ 934,08. Belo Horizonte tem o menor valor, R$ 676,54.
As capitais com maiores aumentos foram Curitiba e Manaus, com 3,5% e 2,0%, respectivamente. Manaus chegou a R$ 809,60, o terceiro valor mais alto.
A crise climática e as queimadas afetaram diretamente produtos como o café, que subiu em todas as capitais. Outros itens, como leite UHT, açúcar, massas secas e frango, também subiram em sete das oito cidades.
Em Curitiba, o açúcar subiu 6,4%. Em Manaus, o café teve alta de 3,4%. O leite UHT, afetado pela seca, subiu 4,1% em São Paulo, onde também houve aumento no preço do óleo de cozinha.
O custo da cesta ampliada, que inclui produtos de higiene, limpeza e bebidas, também aumentou em seis capitais, variando entre 1,9% e 3,0%. O Rio de Janeiro tem o custo mais elevado, de R$ 2.428,89, seguido por São Paulo, com R$ 2.207,17.
Na cesta ampliada, itens como creme de leite, detergentes, biscoitos e molho de tomate subiram em todas as capitais. Em Manaus, o preço dos refrigerantes subiu 3,8%, enquanto em Fortaleza houve alta de 4,1% nos detergentes.
Alguns itens apresentaram queda, como carne bovina, legumes e frutas. Em Curitiba, o preço dos legumes caiu 7,7%, e o das frutas caiu em São Paulo e Belo Horizonte.
Nos últimos seis meses, houve redução nos preços em quatro capitais, com destaque para Brasília (-6,7%). Manaus, por outro lado, teve aumento de 16,0% no período.
As condições climáticas e o aumento dos custos de insumos têm sido os principais fatores do aumento da cesta básica. A seca e queimadas impactaram a produção de café e cana-de-açúcar, elevando os preços.
O dólar alto também contribui para o encarecimento da cesta, ao encarecer a importação e estimular a exportação, reduzindo a oferta interna.
Esses aumentos impactam principalmente consumidores de menor renda, que destinam grande parte do orçamento aos alimentos. A cesta ampliada segue a mesma tendência, agravando a situação das famílias.