Brasil cai de 60° para 62° em ranking de competitividade global

O Brasil está acima apenas de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela.

Por Matheus de Andrade
18/06/2024 15:04 Atualizado: 18/06/2024 16:29

O relatórioIMD World Competitiveness Yearbook 2024” fornece uma visão sobre a competitividade global, destacando os desafios e avanços de diversas economias. No índice de 2024, o Brasil caiu para a 62ª posição entre 67 países avaliados, uma queda significativa no ranking geral.

Esta tendência descendente é atribuída a vários fatores críticos que impactaram negativamente o desempenho econômico e a competitividade do país. Primeiramente, o relatório destaca a deterioração no desempenho econômico do Brasil. O país enfrentou desafios significativos na economia doméstica e no comércio internacional.

Em particular, houve uma queda na “estabilidade econômica”, o que afetou diretamente a confiança dos investidores e a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros. A “alta taxa de desemprego”, especialmente entre os jovens, é outro fator que contribui para a diminuição da competitividade. 

Além disso, o relatório aponta para problemas estruturais e institucionais que têm persistido no Brasil. A “instabilidade política”, a “corrupção endêmica” e a “falta de segurança jurídica” são destacados como barreiras significativas para a melhoria da competitividade. Essas questões institucionais não apenas desincentivam investimentos, mas também afetam negativamente o ambiente de negócios, dificultando a operação e o crescimento das empresas.

A infraestrutura, outro pilar essencial para a competitividade, também apresenta deficiências marcantes. O Brasil enfrenta desafios em várias áreas, incluindo transporte, energia e comunicações.

A infraestrutura deficiente eleva os custos operacionais e reduz a eficiência das empresas, tornando o ambiente de negócios menos atraente para investidores e empresas internacionais.

A educação e a inovação são outros aspectos críticos onde o Brasil não tem alcançado resultados positivos. O relatório indica que a “qualidade da educação” no Brasil permanece baixa, com deficiências significativas tanto no ensino básico quanto no superior. 

Além desses fatores internos, o relatório também menciona desafios externos, como as “tensões geopolíticas” e a “volatilidade dos mercados globais”, que têm impactos significativos na economia brasileira.

Conselhos da IMD

Para reverter essa tendência de queda, o relatório sugere que o Brasil precisa implementar reformas estruturais abrangentes. Isso inclui melhorar a governança, combater a corrupção, investir em infraestrutura e educação, e criar um ambiente regulatório mais estável e previsível.