Dez grandes casos de injustiças sofridas na China em 2020

Casos revelam brutalidade da ditadura do regime chinês e a natureza desumana e mortal do Partido Comunista Chinês

01/02/2021 08:00 Atualizado: 01/02/2021 08:11

Durante o ano de 2020 como se sucedeu a situação das ações perversas do Partido Comunista Chinês? Como foi a luta do povo chinês diante disso? Os seguintes dez casos de injustiça ocorridos na China continental poderão fornecer uma visāo geral de como estará a China em 2021.

1. A“Grande repressão de 26 de dezembro:” Xu Zhi-Yong, Ding Jia-Xi e Chang Wei-Ping sāo falsamente acusados ​​de “incitar a subversão do poder estatal”

Em 1º de janeiro de 2020, um grupo de Advogados de Direitos Humanos da China, com sede em Hong Kong, emitiu um comunicado dizendo o seguinte: “No início de dezembro de 2019, vários dissidentes, advogados de direitos humanos e ativistas de direitos humanos de todo o país se reuniram em um jantar na cidade de Xiamen, província de Fujian, para discutir assuntos da atual comunidade. Após a reunião eles foram dispensados e cada um voltou para casa, mas as autoridades entraram com processo judicial contra a reunião, caracterizando-a como um ato de subversão do poder do Estado. Além disso elas lançaram uma rodada de repressões e prisões que varreram o país no dia 26 de dezembro. A “repressão de 26/12” é considerada outra perseguição em grande escala após a “prisão de 07/09 dos advogados dos direitos humanos” em 2015.

Algumas pessoas foram libertadas após serem monitoradas e detidas por um período de tempo. Três advogados Xu Zhi-Yong, Ding Jia-Xi e Chang Wei-Ping estão ilicitamente detidos até hoje. Os três foram acusados ​​de “incitação à subversão do poder do Estado”, mesmo que não exista um processo formal contra eles​​. Familiares e advogados tentaram repetidamente solicitar encontro, mas foram rejeitados pelo centro de detenção. Entre os três detidos, suspeita-se que Ding é o que tem sofrido tortura contínua. Parentes e amigos também foram punidos de várias formas.

Nascido em 1973, Xu Zhi-Yong é um defensor e acadêmico jurídico do movimento dos Novos Cidadãos Chineses. No início de fevereiro de 2020, Xu, alegou que durante seu período de “exílio” ele publicou uma “Carta de Persuasão à Renúncia”, referindo-se à questão atual da epidemia de pneumonia da COVID-19, conclamando Xi Jinping a “ceder o cargo”. Ele foi também o representante do 13º e 14º Congresso Nacional do Povo do Distrito de Haidian, em Pequim. Em seus primeiros anos, ele fundou o “Novo Movimento Cidadão”, defendendo que os direitos e interesses dos cidadãos sejam logrados de uma forma não violenta e promovendo reformas dentro do sistema, incluindo a exigência de transparência de bens pessoais dos oficiais. Ele foi condenado a quatro anos em 2014. Xu foi preso em Guangdong em 15 de fevereiro e foi transferido para a prisão em 20 de junho. 

Ding Jia-Xi foi membro do Comitê Central de Assuntos Legislativos da Liga Democrática da China e diretor do Comitê Jurídico da Zhongguancun International Incubation Software Association. Ding também foi um dos principais ativistas do “Novo Movimento Cidadão”. Em 2014 ele foi condenado a 3 anos e 6 meses de prisão. 

Chang Wei-Ping, nascido em 1984, é um advogado de direitos humanos que já representou casos delicados de direitos humanos inúmeras vezes.

2 – Liu Yan-Li é condenado a quatro anos, após ter “xingado” o líder do Partido Comunista Chinês

Em 24 de abril, a Sra. Liu Yan-Li, ativista pela democracia na cidade de Jingmen, província de Hubei, foi condenada a 4 anos de prisão pelo Tribunal Intermediário de Jingmen sob a acusação de provocar desordem social. O veredicto do tribunal afirmou que os discursos on-line de Liu atacaram e insultaram líderes partidários e estaduais e prejudicaram a imagem do governo. O advogado de defesa de Liu, Wu Kui-Ming, disse à VoA (Voice of America) que o caso de Liu Yan-Li é semelhante ao de Lin Zhao e Zhang Zhi-Xin, ambos baleados e mortos durante a Revolução Cultural, eles foram rotulados como contra-revolucionários só por terem discursos diferentes do Partido.

Em 30 de janeiro de 2019, Liu Yan-Li defendeu sua própria inocência no tribunal. Em sua última declaração, ela disse: “O tribunal considerou Sócrates culpado, mas a história humana o declarou inocente. É precisamente só com base nesse tipo de justiça histórica que a civilização humana poderá continuar avançando”.

Liu Yan-Li, nascida em 1975, era funcionária da filial em Jingmen do China Construction Bank, ela era uma blogueira famosa na Internet e membro da Associação Independente Caneta (Pen) da China. Desde 2012, ela está sob custódia policial por organizar atividades para cuidar dos veteranos sobreviventes da Guerra Sino-Japonesa e também por publicar artigos proclamando a liberdade de expressão e democracia. Ela foi “convidada” para uma conversa, assediada e teve seu computador confiscado ilegalmente várias vezes. Em 2015, ela participou da “Transição Pacífica” iniciada pelo dissidente de Wuhan Qin Yong-Min e registrou sua participação no “China Human Rights Watch”, e foi “entrevistada” várias vezes pelo Conselho de Segurança Nacional. Durante sua detenção em novembro de 2018, ela cortou o pulso e cometeu suicídio como uma forma de protesto, sendo imediatamente enviada a um médico para resgate. A Associação Independente Caneta da China concedeu a Liu Yan-Li o prêmio Lin Zhao Memorial no ano de 2018.

3 – O advogado de direitos humanos Yu Wen-Sheng é obscuramente condenado a quatro anos de prisão

Em 17 de junho, a esposa do advogado Yu Wen-Sheng, Xu Yan, disse à Deutsche Welle que recebeu um telefonema da procuradoria da cidade de Xuzhou, da província de Jiangsu às 11:11 da manhã, dizendo que seu esposo, advogado Yu, havia sido condenado a quatro anos de prisão por “incitar a subversão do poder estatal”. Ele também teve sua licença de advogado revogada por três anos. Xu Yan disse que o tribunal de Xuzhou, província de Jiangsu, fez um julgamento totalmente privado sem informar a sua família, e que ela ficou completamente “no escuro”. Yu Wensheng apelou a sentença no tribunal.

Em 13 de dezembro, o Tribunal Popular Superior da Província de Jiangsu manteve o primeiro veredicto na segunda instância. Xu Yan protestou contra o julgamento das autoridades: “A declaração do advogado de defesa não foi revisada e o tribunal de segunda instância nem mesmo permitiu que o advogado de defesa terminasse de ler os arquivos. Agora, o Tribunal Superior Provincial de Jiangsu da segunda instância proferiu diretamente um julgamento final. Isso é uma violação dos procedimentos legais e, na verdade, está vedando de forma ilícita os nossos direitos”.

Em 19 de janeiro de 2018, durante a Segunda Sessão Plenária do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Yu Wensheng emitiu um requerimento para emendar a constituição e propor reforma política, bem como a exclusão do preâmbulo da constituição. No dia seguinte, ele foi detido pelas autoridades sob suspeita de obstrução de funções oficiais. Os membros da família nomearam um advogado para se encontrar com o Yu, mas as autoridades recusaram. Depois de ser detido ilegalmente por três meses, Yu Wensheng foi definitivamente preso em 19 de abril sob o crime de incitar a subversão do poder do Estado e obstruir os negócios públicos.

Yu Wensheng, nascido em 1967, cresceu em um complexo municipal governamental do Pequim. Ele costumava ver funcionários de alto cargo do governo e tinha boas condições de vida. Ele tinha acesso a jornais de Hong Kong e “referências internas” do governo que não são acessíveis aos chineses comuns. Quando ele era criança, ele disse a seu pai que previa que o PCUS (Partido Comunista da União Soviética) se desintegraria e isso ocorreu posteriomente. Yu era um advogado empresarial mas foi forçado a resignar devido a percepção do mundo judicial obscuro. Yu se juntou ao “Grupo de Advogados de Direitos Humanos Chineses” e representou muitos casos em defesa de inocência de praticantes do Falun Gong e o caso do advogado Wang Quan-Zhang. Ele uma vez disse que “a perseguição sofrida pelos praticantes de Falun Gong é a questão dos direitos humanos mais preocupante na China”. Após o incidente das prisões em julho de 2015, Yu Wen-Sheng processou o Ministério da Segurança Pública e o Ministro do Partido Comunista da China por deter ilegalmente cidadãos inocentes em 30 de julho; na noite de 6 de agosto, a polícia arrombou a porta e invadiu em sua residência, na frente de sua esposa e filhos, ele foi algemado e levado para o centro de detenção, onde ficou algemado por mais de 24 horas em um procedimento de “tortura disfarçada”.

4 – O magnata do mercado imobiliário Ren Zhi-Qiang, da segunda geração de família nobre do partido, é condenado a 18 anos

Em fevereiro, um artigo assinado por Ren Zhi-Qiang circulou na Internet, “As vidas das pessoas são prejudicadas pelo coronavírus e sofrem graves consequências perante o regime doente”, criticando o PCC pelo controle estrito da liberdade de expressão para exacerbar a epidemia e criticando indiretamente  Xi Jinping: “Ele não está exibindo a roupa nova do Rei, ele é um palhaço pelado que insiste em ficar no trono do Rei”. Ren Zhi-Qiang está desaparecido desde março deste ano. O Voice of America uma vez revelou fontes dizendo que o Ren foi preso no dia 12 de março junto com seu filho mais velho e o próprio secretário. Sua irmã e família também foram afetadas. O caso de Ren foi considerado um caso extremadamente sério pelas autoridades do partido, e ninguém é autorizado à intervir para suplicar.

Em 7 de abril, as autoridades em Pequim afirmaram que Ren era suspeito de graves violações de disciplina e agiu contra lei. Em 11 de setembro, o Segundo Tribunal Intermediário de Pequim abriu a audiência do julgamento de Ren Zhi-Qiang. Um grande número de policiais foram acionados em volta do portão do tribunal naquele dia para impedir que os repórteres filmassem a cena. Em 22 de setembro, Ren Zhi-Qiang foi publicamente condenado a 18 anos de prisão e multado em 4,2 milhões de yuans.

A dura sentença de Ren Zhi-Qiang foi um choque para a segunda geração nobre dos membros do partido, para os políticos e para a comunidade empresarial. Eles consideraram este caso como perseguição política. Análises apontaram que Ren tem quatro títulos, ser um afortunado da segunda geração, um magnata desenvolvedor imobiliário bilionário, amigo próximo do famoso Wang Qishan (membro chave do partido) e intelectual público. Logo, ele possuía maior notoriedade e recursos muito mais abundantes do que a maioria das pessoas. Portanto, aos olhos de Xi Jinping, uma vez que Ren mobilizou uma força anti-Xi, o poder destrutivo e a influência social que ele poderia causar não seriam de forma alguma comparáveis a qualquer homem da idade dele.

Ren Zhi-Qiang nasceu em 1951, seu pai era ex-vice-ministro do departamento comercial do Partido. Ren é conhecido também por seu discurso ousado. Seus discursos muitas vezes não são bem vistos pelas autoridades. No entanto, após a ascensão do Weibo, ele conquistou muitos fãs e se tornou o “Grande V” no Weibo. Em 2013, Ren fez um discurso na Universidade de Pequim, conclamando os alunos a “se unirem para derrubar o muro à sua frente e restabelecer a democracia social”. Em 14 de fevereiro de 2015, Ren Zhi-Qiang fez outro discurso na Reunião Anual de 2015 do “50 Fórum Econômico da China” e disse o seguinte: “O governo enfatizou demais as armas e punhais, opondo-se aos valores ocidentais e incitou a ideia de revolução cultural na mente das pessoas”.

Em 19 de fevereiro de 2016, após a visita do Xi Jinping na Televisão Central da China. Este atualizou seu slogan:“Nosso sobrenome é o Partido, somos absolutamente leais, por favor nos visite sempre”. Quando isso chegou aos ouvidos do Ren, ele o criticou severamente; no mesmo mês, a mídia oficial do partido, CCTV, publicou um artigo “quanto tempo durará a parábola de Ren Zhi-Qiang” , declarando o início do confronto entre o sistema comunista e Ren. Em 2 de maio do mesmo ano, o Comitê Distrital Xicheng de Pequim,  pertencente ao Partido Comunista Chinês, notificou que Ren Zhi-Qiang foi detido por um ano sob liberdade condicional.

5 – Empresário Li Huai-Qing é condenado a 20 anos e tem seus bens congelados

Em 20 de novembro o empresário Li Huaiqing de Chongqing, cidade sudoeste da China,  foi acusado de incitar subversão do poder estatal, de fraude,  de extorsão e foi detido ilegalmente. Ele foi condenado a 20 anos pelo Primeiro Tribunal Intermediário de Chongqing, exonerado de direitos políticos por três anos, e todos os bens em seu nome foram congelados. A rádio Free Asia disse: o caso de Li Huai-Qing é preocupante. Sob o falso nome de “varrer o mal”, o espaço de sobrevivência dos empresários chineses está ficando cada vez mais estreito.

Li Huai-Qing nasceu em 1966 e foi um soldado e fundador da Chongqing Fuhua Pawn Company. Em 31 de janeiro de 2018, ele foi detido pela polícia de Chongqing por “falso litígio” e mais tarde foi acusado por “incitar a subversão do governo”. Sete publicações no WeChat entre outubro de 2017 e janeiro de 2018 foram o motivo de fúria das autoridades. As autoridades apontaram que seus comentários estavam “espalhando boatos e calúnias” e “incitando a subversão do poder estatal”. Em 8 de junho de 2020, o caso de Li foi aberto para audiência e julgamento, mas nenhuma sentença final foi pronunciada. Nos últimos três anos ele tem estado sob custódia ilegal, os advogados solicitaram reuniões e encontros mais de 20 vezes, mas todas foram rejeitadas por ordens do Partido Comunista Chinês.

Zhu Shou-Zheng, um polímata do continente, acredita que este caso mostra a “degeneração das leis”. De acordo com a acusação no dossiê, as tão chamadas “provas” pertenciam basicamente às trocas de mensagens privadas de Li Huai-Qing com amigos, e mesmo cartas individuais e cartas particulares entre seus filhos foram usadas como suposta prova, e todas as críticas feitas aos oficiais foram definidas como “incitamento à subversão”, o que era chocante.

Li Huai-Qing é um voluntário da “Ação Social Pública”. Ele tem prestado ações voluntárias e oferecido ajuda financeira aos grupos sociais desfavorecidos durante muito tempo, incluindo crianças pobres e trabalhadores com pneumoconiose na área de Daliangshan.

6 – A audiência do caso de Zhang Wu-Zhou foi aberta após elas ter sido algemada por seis dias e seis noites

Em 24 de novembro, Zhang Wu-Zhou foi acusada de “obstrução de funções oficiais e incitação de brigas”, em umTribunal Distrital de Qingcheng, província de Guangdong, e o juiz havia declarado que a sentença final seria declarada no dia seguinte. A família de Zhang denunciou as autoridades pelas acusações injustificadas e falsas e enfatizou que eles continuariam a buscar justiça para Zhang.

O filho de Zhang Wu-Zhou, Xu Hong-Bo, disse a repórteres que no dia do julgamento, muitas pessoas preocupadas e cientes sobre o caso de Zhang se reuniram fora do tribunal para assistir e ouvir, mas ou foram detidas pela polícia ou presas. Apenas Xu foi autorizado a entrar no tribunal, mas ele informou que o número de ouvintes que compareceram ao tribunal representando o lado da ré eram poucos. Além disso, as autoridades proibiram que Zhang Wu-Zhou comparecesse ao tribunal por motivos de distanciamento supostamente causado pela pandemia. Portanto, a audiência foi realizada por vídeo. Xu Hong-Bo disse que pôde ver que a condição física de sua mãe estava extremadamente ruim. “É óbvio que  a torturaram para que ela confessasse e admitisse que está em conluio com forças políticas estrangeiras. Ele algemaram seis partes de seu corpo e a trancaram ao lado do banheiro por seis dias e seis noites, eles também a chutaram na cintura ferindo-a ainda mais”.

Zhang Wu-Zhou era apenas uma mulher comum. Seu irmão Zhang Liu-Mao, um dissidente de Guangzhou, foi detido ilegalmente no Centro de Detenção Número 3 de Guangzhou em novembro de 2015 e morreu de maneira bizarra e inexplicada durante o período detido na prisão. Dois anos e meio depois, o corpo foi cremado à força pelas autoridades, sem autorização da família. Zhang Wu-Zhou então embarcou na estrada para buscar a verdade sobre a morte de seu irmão, mas foi reprimida pelas autoridades por muitos anos e foi detida várias vezes.

Em 2019, Zhang Wu-Zhou foi condenada a 1 ano e 4 meses de prisão em 25 de outubro por falsa acusação de “brigar e provocar problemas sociais”, apenas porque publicou na internet a cena que testemunhou da advogada Sun Shi-Hua sendo revistada à força e insultada constantemente pela polícia na delegacia de Hualin no distrito de Liwan, em Guangzhou.

7 – Hao Jin-Song – de “defensor de direitos humanos” a “trombadinha”

10 de dezembro foi o Dia Mundial dos Direitos Humanos. No entanto, o ativista de direitos humanos, Hao Jin-Song, da cidade de Shanxi, foi acusado de provocar problemas, difamação e enganação e foi processado no tribunal, mas o processo foi repentinamente cancelado pelas autoridades.

Hao Jin-Song nasceu em 1972, fez mestrado em Direito pela Universidade de Ciências Políticas e Direito da China. Como não queria ser restringido pela Justiça e escritórios de advocacia, ele não fez o exame judicial para obter as qualificações de advogado, mas se envolveu no trabalho jurídico como cidadão, atuou como advogado para várias empresas e estabeleceu a empresa “Hao Jin-Song Legal Public Welfare Network”.

Desde 2004, Hao levou a Administração Tributária do Estado, o Beijing Subway Operation Company e a Beijing Railway Administration aos tribunais sete vezes. Ele foi nomeado ao premio “Gerando Harmonia Econômica” e ao “10 figuras públicas mais respeitadas” do ano 2004 por “quebrar a “cláusula de suserano” da indústria de advogados. Hao Jin-Song foi sucessivamente nomeado como a figura do noticiário jurídico da China de 2005, as dez principais figuras jurídicas de 2005 e foi nomeado no “Livro Azul da China sobre o Estado de Direito de 2005″ como um “lutador de direitos”. Ele foi novamente nomeado no “Livro Azul do Estado de Direito da China de 2006” e foi eleito um dos dez principais defensores dos direitos do consumidor na China por seu envolvimento no caso que condena o Ministério das Ferrovias de aumentar os preços durante o Festival da Primavera. Em 2008, ele foi nomeado na edição semanal do “Encanto Chinês pelo Southern People” por seu envolvimento no caso “Tigre de Huanan”  e no caso “Yang Jia” (ataque aos policiais por sofrer injustiças). Ele foi eleito como “o charme da justiça”. Em 2009, Hao Jin-Song interveio no incidente de aplicação da “lei de pesca” em Xangai. Em 2017, Hao também interveio no caso da demissão de Liu Guo-Liang, treinador principal da equipe chinesa de tênis de mesa, o que causou repercussão nacional, e pediu à Administração Geral de Esportes para divulgar informações.

Em 2017, Hao relatou ao Departamento de Proteção Ambiental do Condado de Dingxiang que uma empresa local de impressão e tingimento de tecidos de Chengtai era suspeita de poluir o ar e a água.

Em 10 e 11 de dezembro de 2019, Hao foi intimado pela polícia da cidade onde foi incitado sob o crime de “incitação e provocação de problemas”. Em 17 de dezembro, ele foi novamente detido por 15 dias, sob a acusação de “publicar comentários terroristas” na Internet e foi suspeito de “causar empecilhos”. No entanto, após o término do prazo, ele foi transferido para a detenção criminal em 2 de janeiro de 2020 e detido ilegalmente no Centro de Detenção do Condado de Wutai. Em 17 de janeiro, ele foi formalmente preso pelo Departamento de Segurança Pública do condado de Dingxiang. O período de investigação de seu caso foi estendido por 2 meses e expirou em 16 de maio, então, para não soltá-lo, ele foi transferido para a procuradoria para revisão do processo. As acusações suspeitas foram aumentadas para três, incluindo “causar e provocar problemas”, “difamação” e “dissimulação”.

Por que o tão querido e famoso da mídia se tornou um espinho aos olhos das autoridades? Uma análise aponta que a injustiça sofrida por Hao é um microcosmo da situação política atual na China. Xie Yan-Yi, um advogado de direitos humanos que conhece bem Hao, disse: “Grupos empresariais de interesses se tornaram mais inescrupulosos e mais poderosos. Grupos de poder e o governantes de poder público são dificilmente restringidos por lei. Nos últimos dez anos de desenvolvimento do país, seja do governo local ou central, os poderosos grupos atrelados ao governo não serão prejudicados. A virada política para a esquerda inclui o fortalecimento do controle sobre a Internet, bem como o desenvolvimento de toda a situação política. ”

8 – A jornalista Zhang Zhan é condenada a quatro anos de prisão sob a falsa acusação de “espalhar rumores sobre a pandemia”

Em 28 de dezembro, no aniversário anual da eclosão do “vírus do PCC” (pneumonia de Wuhan), a Sra. Zhang Zhan foi condenada a quatro anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Pudong de Xangai. Ela foi acusada de “provocar brigas e problemas”, tornando-se a primeira repórter a ser julgada em público durante a epidemia de Wuhan (Zhang Zhan é a quarta jornalista cidadã desaparecida por relatar verdades sobre a epidemia de Wuhan. Os outros três são Chen Qiu-Shi, Fang Bin e Li Ze-Hua. Fang Bin está desaparecido até hoje.)

Em fevereiro de 2020, Zhang Zhan foi a Wuhan para conduzir pesquisas de campo sobre a epidemia. Ela então divulgou reportagens em vídeo no Twitter e no YouTube sobre a epidemia de Wuhan e a vida cotidiana das pessoas e concedeu entrevista para muitas mídias estrangeiras presentes no país naquele momento. Em 14 de maio, Zhang Zhan foi presa pela polícia de Xangai, no Hotel Wuhan. No início de setembro, internautas revelaram que Zhang Zhan estava em greve de fome no centro de detenção. Ela estava fraca e debilitada e mesmo assim foi forçada a se alimentar. Seu estado de saúde ficou extremamente ruim. Em dezembro, o advogado de defesa alegou que Zhang Zhan estava em greve de fome desde o final de junho e foi torturada por intubação forçada, grilhões nos pés e foi amarrada com cintos de segurança 24 horas por dia. Quando Zhang Zhan viu o advogado, ela não parava de chorar, dizendo: “Todo dia é sofrimento sem fim”. Em entrevista à mídia, o advogado disse que é pouco provável que Zhang Zhan atravesse o “muro” com vida.

Antes de ser condenada Zhang Zhan, que há muito tempo vem apoiando o movimento pela democracia chinesa em Hong Kong, escreveu a Xi Jinping, apontando que o caso era um caso injusto e “desnecessário” e uma supressão do direito de saber da população. Um dia depois que Zhang Zhan foi injustamente condenada, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, emitiu uma declaração solicitando às autoridades chinesas que libertassem Zhang Zhan imediatamente e incondicionalmente, declarando que o PCC tem muito medo dos cidadãos que dizem a verdade.

Zhang Zhan, é de Xianyang, província de Shaanxi, possui mestrado em finanças pela Southwestern University of Finance and Economics e é uma ex-advogada. Posteriormente, a licença dela foi cancelada após ela ter defendido e assinado a petição para que as Medidas de Gestão de Advogados sejam revisadas. Em setembro de 2019, Zhang Zhan foi detida pela polícia por dois meses sob a acusação de provocar brigas por apoiar o movimento “anti-extradição” de Hong Kong. Naquela época, ela protestava sozinha na Nanjing East Road, em Xangai, sob um guarda-chuva. O guarda-chuva dizia: “Acabem com o socialismo e que o Partido Comunista largue o poder”.

9 – Doze ativistas pró-democracia de Hong Kong sāo acusados de travessia ilegal

Em 23 de agosto, a equipe da Guarda Costeira de Guangdong do PCC prendeu 12 ativistas pró-democracia de Hong Kong por “travessia ilegal”. Os 12 membros são: Li Yuxuan, Liao Ziwen, Zheng Zihao, Deng Jiran, Yan Wenqian, Li Zixian, Huang Linfu, Zhang Junfu, Qiao Yingyu, Huang Weiran, Guo Zilin e Zhang Mingyu. Numerosos advogados contratados pelas famílias dos desaparecidos estão sendo ameaçados pelo regime comunista no intuito de impedir a intervenção.

Em 30 de dezembro, o Tribunal Distrital de Yantian da cidade de Shenzhen sentenciou 10 pessoas a penas de prisão de sete meses a três anos por organizarem o cruzamento na fronteira. Os dois residentes de Hong Kong restantes foram enviados de volta a Hong Kong por serem menores e entregues à polícia de Hong Kong que continuem com sua detenção.

O advogado do caso foi procurado e disse que o caso era confuso e que os funcionários esconderam as informações, causando especulações. “Estamos todos preocupados com a condição física e a forma que as autoridades estão tratando os 12 cidadãos. Essa (armadilha) é suspeita, caso contrário, porque eles não tratam as informações de forma aberta e transparente? Por que você não deixaria um advogado visitar o cliente? Provavelmente tem algo de errado ali. No entanto, diante da consciência pesada, estão barrando as visitas entre as partes”.

“Suspeito que, se no barco só foram encontradas essas 12 pessoas, o grupo teria combinado pilotar o barco para fazer uma travessia ilegal? Isso faz sentido? Não consigo acreditar. Antes de encontrar os meus clientes, eu não irei acreditar no relatório oficial. Suspeito que eles (meus clientes) caíram numa armadilha.”

10 – A perseguição ao Falun Gong por mais de 21 anos

Os casos injustos mencionados acima expõem vítimas individuais, no entanto a perseguição aos praticantes de Falun Gong durante 21 anos foi classificada como “extermínio em massa” e “genocídio”.

De acordo com informações do “Minghui.com”, de janeiro a outubro de 2020, pelo menos 337 praticantes de Falun Gong foram injustamente condenados pelo tribunal do Partido Comunista Chinês, o que é extremadamente chocante e tem causado repercussão global.

Só no primeiro semestre de 2020, 24 praticantes idosos do Falun Gong com mais de 65 anos foram condenados injustamente, 11 foram julgados em tribunal, 2 foram presos e 25 ficaram presos na procuradoria e no tribunal. O mais velho tinha 83 anos. Os perseguidos praticantes do Falun Gong se espalharam por 129 cidades em 27 províncias, regiões autônomas e municipalidades da China continental.

Os praticantes do Falun Gong são todos pessoas boas que cultivaram seus corações para o bem. Entre eles estavam funcionários públicos estaduais, médicos, professores, professores notórios, policiais, médicos, contadores, tradutores, veteranos e várias profissões, como desenvolvimento de software, design e construção. Excelentes talentos em diversos setores. Por exemplo, o Dr. Chen, professor associado da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Yunnan, foi secretamente condenado a um ano e seis meses de prisão. Yu, que antes era chefe do Departamento de Engenharia Mecânica e professor associado do Instituto de Tecnologia de Shenyang (agora incorporado à Universidade Shenyang Ligong), foi condenado ilegalmente. Gao, um excelente professor na nova área de Tianjin Binhai, foi ilegalmente condenado a nove anos de prisão e extorquido em 30.000 yuans.

O Falun Dafa é conhecido também como Falun Gong. O Falun Dafa é uma prática que combina ensinamentos para o aperfeiçoamento pessoal com a prática de exercícios de meditação. Os ensinamentos estão centrados em três grandes princípios – verdade, compaixão e tolerância.

Conclusão

Os dez casos mais injustos mencionados acima revelam a brutalidade da ditadura do regime chinês e a natureza mortal e desumana do Partido Comunista Chinês.

Existe alguma razão para que o PCC continue a existir? Assine a petição abaixo para investigar, condenar e rejeitar o Partido Comunista Chinês.

 

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