Por Jack Phillips
Uma mulher chinesa revelou que recebeu injeções de drogas desconhecidas em seu corpo enquanto estava presa por suas crenças. Ela sobreviveu, mas sua amiga – que havia também recebeu a injeção – faleceu pouco após o ocorrido.
As duas mulheres, Bi Yunping e Yang Xiuhua, estavam aprisionadas na província de Heilongjiang por persistirem na prática de Falun Gong, uma forma de meditação e exercício espiritual. A informação foi disponibilizada em um relato do dia 2 de fevereiro pelo Minghui.org, uma central de esclarecimento online contendo informação em primeira mão sobre a recorrente perseguição extrajudicial da prática.
Desde julho de 1999, o Falun Gong tem sido alvejado por uma campanha persecutória do Partido Comunista Chinês. De acordo com um relatório oriundo do ex-parlamentar canadense David Kilgour e do advogado especializado em direitos humanos David Matas, até 1,5 milhões de praticantes podem ter sido mortos por seus órgãos ao longo dos últimos 15 anos. O documento detalha um amplo sistema de hospitais geridos pelo Estado que extrai os órgãos vitais de praticantes de Falun Gong – frequentemente sem anestesia – matando-os no processo.
O relatório do Minghui.org, o qual cita Yang, menciona que Bi foi “injetada com uma droga desconhecida e imediatamente começou a apresentar problemas cardíacos. Ela foi levada para fora do recinto”.
Quando Yang foi solta vários anos depois, ela soube que Bi morreu no mesmo dia em que ela recebeu a injeção.
Yang, que estava em confinamento solitário por “recusar-se a renunciar suas crenças” , então iniciou uma greve de fome para protestar contra a forma como estava sendo tratada antes que os oficiais algemassem suas mãos a uma cama e injetassem um “líquido rosa” de uma seringa em seu corpo, de acordo com o relatório.
Os guardas lhe disseram que o líquido era uma droga danosa aos nervos especificamente utilizada para torturar praticantes de Falun Gong.