O Partido Comunista da Rússia conclamou nesta segunda-feira por “solidariedade contra o fascismo”, em um comício patriótico em Moscou por ocasião do Dia Internacional dos Trabalhadores.
“Ao comemorar o dia da solidariedade, devemos defender a solidariedade contra o fascismo”, declarou o veterano líder comunista Guennadi Ziuganov.
Ele também ressaltou que é necessária uma solidariedade geopolítica, “sem a qual é difícil lutar e vencer”.
Essa solidariedade, de acordo com Ziuganov, deve ser, antes de tudo, entre as “quatro grandes civilizações” de Rússia, China, Índia e Irã.
Ele também enfatizou que a solidariedade entre o povo russo era “especialmente importante”.
Outro membro do partido, o deputado Vladimir Kashin, reivindicou o papel do partido comunista na Duma (câmara baixa do Parlamento).
“Nosso partido faz todo o possível no Parlamento para garantir que as ideias do Primeiro de Maio, a luta pela justiça e os interesses dos trabalhadores estejam sempre na pauta”, disse.
“Há uma guerra. Cinquenta e um países, liderados pelos EUA, se lançaram sobre a Rússia e seus recursos, o mundo russo e seu povo unido, que mais uma vez demonstrou a vontade de lutar contra o fascismo”, acrescentou.
Os participantes do comício patriótico também homenagearam seu líder ideológico, depositando flores no monumento a Karl Marx em Moscou.
Neste ano, a Rússia reduziu significativamente as celebrações tradicionais por ocasião do Dia dos Trabalhadores, devido ao risco de represálias por causa de sua guerra contra a Ucrânia.
No entanto, o principal desfile militar será realizado, como é tradição, na Praça Vermelha de Moscou, que ficou fechada por duas semanas para a preparação do evento.
Quem é fascista para os comunistas?
Durante e após a Segunda Guerra Mundial os comunistas invadiram vários países com o falso pretexto de estar lutando contra o fascismo. Um fato histórico marcante sobre o descrédito dos comunistas com relação ao fascismo foi a aliança com os nazistas em 1939.
Através do Pacto Molotov-Ribbentrop, os comunistas russos e os nazistas alemãs criarem não só um tratado de não-agressão, mas uma aliança que culminou na tragédia da Polônia, que foi invadida e dizimada pela aliança nazi-comunista; contudo, depois da mútua colaboração entre os dois regimes ideologicamente muito próximos, as invasões russas resultaram na quebra do pacto e os nazistas decidiram atacar os comunistas russos, passando automaticamente a serem chamados de fascistas, ou nazifascistas.
Claramente a definição de quem é fascista tornou-se apenas mais uma propaganda comunista de desinformação, ignorando toda a lógica, racionalidade e realidade dos fatos, algo comum na ideologia comunista desde sua gênese, com Karl Marx negando-se a debater suas teorias depois de vê-las sendo ridicularizadas por pensadores genuínos, como Lidwig Von Misses, chamando todos aqueles que discordavam ou apontavam suas falhas de “burgueses” e que por isso, não havia nada para ser debatido com eles.
Hoje a esquerda repete o que foi estabelecido pelo comunismo, com movimentos como os Antifa sendo diretamente fascistas, mas se autoafirmando em uma “luta” contra o fascismo da mesma forma que a União Soviética e demais regimes comunistas o fizeram. Portanto, o termo fascista proveniente da esquerda dificilmente terá algum valor, assim como “democracia” e “poder popular” vindo dos comunistas, com exemplos concretos desde a União Soviética e China, até os recentes Venezuela e Nicarágua.
Para saber mais sobre as similaridades entre o comunismo, nazismo e fascismo e suas lideranças, como Lenin e Mussolini, este assunto foi abordado com maestria pelo quarto episódio da série documental “As origens sombrias do comunismo”, disponível em nossa plataforma www.epochtv.com.br, o primeiro episódio da série está disponível gratuitamente através do link https://epochtv.com.br/origens-sombrias-do-comunismo/
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