Por Jack Phillips
Twitter disse que não tem planos de reativar a conta do ex-presidente Donald Trump depois que o bilionário Elon Musk se juntar ao conselho de administração da empresa, após ter comprado um número significativo das ações do Twitter.
Depois que Musk foi escolhido para se juntar ao conselho do Twitter, houve especulações desenfreadas de que Musk – que anteriormente criticou a empresa por não aderir aos “princípios de liberdade de expressão” – pressionaria para que a conta de Trump fosse restabelecida. Antes de sua suspensão em janeiro de 2021, Trump, durante anos, usou o Twitter amplamente e frequentemente acionava ciclos de notícias com seus tweets.
Mas um porta-voz da rede social com sede em São Francisco disse ao Mercury News na terça-feira, em resposta a uma pergunta sobre a proibição de Trump, que “nossas decisões políticas não são determinadas pelo conselho ou acionistas, e não temos planos de reverter qualquer decisão política”. O porta-voz acrescentou que seu conselho administrativo “[desempenha] apenas um importante papel consultivo e de feedback”.
Dias antes de comprar quase 10% de participação na empresa, Musk escreveu uma série de posts dizendo que acredita que o Twitter não adere aos princípios da liberdade de expressão. Durante anos, conservadores, críticos das políticas à COVID-19 e alguns libertários criticaram o Twitter por banir indivíduos de grande importância e ter um padrão duplo quando se trata de punir usuários proeminentes que defendem pontos de vista convencionais.
“A liberdade de expressão é essencial para uma democracia em funcionamento. Você acredita que o Twitter adere rigorosamente a esse princípio?” ele disse em março. Musk acrescentou: “As consequências desta pesquisa serão importantes. Por favor, votem com atenção”.
Após sua compra, a deputada Lauren Boebert (republicana do Colorado) disse na segunda-feira que agora é “hora de tirar a censura política. Ah… e TRAGA TRUMP DE VOLTA!” Uma hashtag que promovia o restabelecimento da conta de Trump, que tinha quase 100 milhões de seguidores, foi destaque no Twitter durante a maior parte da terça-feira.
Em 8 de janeiro de 2021, o Twitter alegou que Trump foi banido “devido ao risco de mais incitação à violência” após o incidente de 6 de janeiro no Capitólio, embora não haja evidências de que Trump tenha tentado incitar a violência naquele dia. Vários outros usuários proeminentes, incluindo o ex-tenente-general Michael Flynn, também foram banidos na mesma época.
No final de 2021, os céticos das políticas obrigatórias de vacinação contra a COVID-19, incluindo o jornalista Alex Berenson e o Dr. Robert Malone, foram suspensos da plataforma por supostamente violar a política do Twitter sobre desinformação.
Na terça-feira, o CEO do Twitter, Parag Agrawal, que substituiu o cofundador Jack Dorsey em novembro, anunciou o plano de colocar Musk, estimado pela revista Forbes em mais de US $219 bilhões, no conselho administrativo.
“Através de conversas com Elon nas últimas semanas, ficou claro para nós que ele traria grande valor ao nosso conselho”, escreveu Agrawal no Twitter. “Ele é um apaixonado e um crítico intenso do serviço, que é exatamente o que precisamos no @Twitter e na sala de reuniões, para nos tornar mais fortes a longo prazo”.
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