Por Associated Press
Um laboratório na Hungria está pegando a tecnologia de holografia, de décadas atrás, e redirecionando-a para os campos da medicina e segurança.
Os hologramas estão longe de ser uma tecnologia moderna – eles foram criados por um físico húngaro-britânico na década de 1940.
Mas um laboratório húngaro está tentando reviver seu uso encontrando novas aplicações.
De uma instalação a cerca de 32 quilômetros ao norte da capital de Budapeste, a empresa HoloTech uniu forças com pesquisadores da Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste para reinventar a tecnologia de holograma.
Uma tecnologia que esteve “em hibernação” pelos últimos 50 ou 60 anos, segundo eles.
Os hologramas são tradicionalmente criados a partir de fontes analógicas para permitir que o espectador veja uma imagem plana de vários ângulos, criando a ilusão de um objeto 3D.
Mas agora, os cientistas da HoloTech estão utilizando fontes de dados digitais para trazer clareza e cores superiores em seus hologramas.
Eles também atingiram o efeito de paralaxe total, o que significa que seus hologramas podem mostrar diferentes perspectivas não apenas de um lado para o outro, mas também para cima e para baixo.
“Nossa missão no campo médico da tecnologia de holograma é tentar vincular nossos desenvolvimentos às ferramentas de tecnologia de saúde existentes que lidam com imagens”, afirmou Imre Lakatos, CEO da HoloTech.
É um novo apoio bem-vindo para as escolas de medicina, de acordo com o Dr. Andras Csokay, neurocirurgião do Centro Médico do Exército Húngaro em Budapeste.
“Na aula de anatomia, por exemplo, é muito mais fácil entender a localização dos órgãos internos se pudermos vê-los em visão espacial. Pudemos ver melhor as irregularidades ou tumores. Se tivermos uma visão espacial melhor, podemos imaginar melhor quais problemas eles podem causar ou onde podem pressionar determinados órgãos. Portanto, em todos os aspectos, seria um novo recurso maravilhoso”, relatou Csokay.
A HoloTech também desenvolveu hologramas que podem auxiliar no campo da segurança, como antifalsificação e segurança de fronteiras.
A polícia e os serviços de fronteira de vários países buscaram a tecnologia da empresa para criar imagens holográficas de humanos para uso potencial em passaportes e carteiras de identidade.
Dentro dessas imagens, grandes quantidades de dados codificados sobre o indivíduo podem ser ocultados e lidos pelos serviços de segurança.
“Se tivéssemos essa imagem holográfica em um passaporte ou carteira de identidade, isso praticamente resolveria o problema de criar cópias (ilegais). Isso é muito significativo, por isso fomos abordados por vários países. Avançamos bastante nisso e aqui temos toda a tecnologia para fazer isso”, afirmou Lakatos.
Os hologramas anteriores lutaram para produzir cores e clareza realistas, especialmente quando se trata de rostos humanos.
Mas o Dr. Zsolt Papp, físico da Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste e diretor científico sênior da HoloTech, afirma que a empresa é talvez a melhor do mundo na criação de verdadeiras imagens holográficas tridimensionais de humanos em detalhes e cores realistas.
“Existem muitos, muitos ingredientes para um bom holograma, e aqui nesta empresa conseguimos satisfazer essas condições relativamente bem. Temos vários hologramas nos quais talvez possamos afirmar que somos líderes mundiais”, declarou Papp.
Utilizando sua tecnologia de laser proprietária, a HoloTech é capaz de impor os dados tridimensionais em um filme holográfico especial que possui apenas 0,024 milímetros de espessura.
Outra de suas máquinas pode fazer uma impressão holográfica e reproduzi-la em alta velocidade e quantidade.
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