SpaceX coloca satélite da Argentina no espaço

10/09/2020 22:45 Atualizado: 11/09/2020 08:16

Por Agência EFE

A empresa privada SpaceX colocou no espaço neste domingo o satélite de observação argentino SAOCOM 1B, com o objetivo de otimizar as safras no país sul-americano, dois anos depois de lançar seu irmão SAOCOM 1A a partir de uma base na Califórnia (EUA).

14 minutos e 9 segundos após a decolagem do foguete Falcon 9 da SpaceX do Space Launch Complex 40 (SLC-40) na Base da Força Aérea de Cabo Canaveral, Flórida, o satélite se separou perfeitamente do motor superior da nave.

A essa altura, a parte inferior do Falcon 9 já havia pousado na base de onde partiu.

O satélite radar logo depois implantou seus painéis solares para gerar energia.

O satélite da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CONAE), agência espacial argentina, foi implantado em uma órbita a uma altitude de cerca de 610 quilômetros, segundo a SpaceX.

Dois outros satélites que foram levados ao espaço no mesmo foguete SpaceX nesta viagem ainda não foram implantados: GNOMES-1 e Tyvak-0172, que se separarão em 61 e 62 minutos, respectivamente, após a decolagem.

De acordo com a SpaceX, é o primeiro lançamento em órbita polar da costa leste dos Estados Unidos e o primeiro lançamento da Flórida em várias décadas.

SAOCOM 1B é o satélite argentino mais avançado até hoje e, segundo a SpaceX, pesa cerca de 3.500 quilos.

Seu objetivo principal é obter informações úteis para otimizar as colheitas.

Uma missão de 13 especialistas da CONAE chegou há quase dois meses em Cabo Canaveral para finalizar os detalhes do lançamento, que já foi adiado várias vezes.

Como disse Raúl Kulichevsky, diretor executivo e técnico da CONAE, que chefia a missão argentina, à mídia argentina Infobae, o “apoio” foi essencial para o sucesso dessa missão.

“Junto com os profissionais que acompanham a campanha de Cabo Canaveral, uma equipe de 50 profissionais trabalhará nas questões técnicas de lançamento, separação de foguetes, posicionamento orbital e implantação de antenas de radar de três pontos na Argentina”, explica Josefina Peres, chefe do projeto SAOCOM.

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