Sonda indiana Aditya-L1 para estudar o Sol chega ao destino final

Por Agência de Notícias
06/01/2024 15:37 Atualizado: 06/01/2024 15:37

A sonda Aditya-L1, a primeira missão da Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, na sigla em inglês) para estudar o Sol, chegou neste sábado ao seu destino final, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, informou o primeiro-ministro indiano, Narendra modi.

“A Índia criou outro momento histórico. O primeiro observatório solar da Índia, Aditya-L1, chegou ao seu destino”, disse Modi na rede social X, ex-Twitter.

A sonda lançada pela agência espacial indiana em setembro do ano passado foi assim posicionada no primeiro ponto de Lagrange (L1), a apenas 1% da distância que separa os dois corpos celestes e escolhida por ser gravitacionalmente estável como as forças de gravidade da Terra e do Sol.

O Aditya-L1 é “um testemunho da dedicação incansável dos nossos cientistas na realização das missões espaciais mais complexas e intrincadas”, disse o primeiro-ministro, que afirmou que o país asiático continuará explorando “novas fronteiras da ciência em benefício da humanidade”.

O objetivo desta missão, bem-sucedida no momento em que a Índia se prepara para realizar sua primeira missão tripulada ao espaço em 2025, é observar o Sol sem ser afetado por eclipses ou ocultações.

A sonda foi lançada em setembro do ano passado e tem sete cargas úteis para examinar as camadas mais externas do Sol, usando detectores eletromagnéticos e de partículas e campo magnético.

A ISRO espera que o Aditya-L1 permaneça em funcionamento por cerca de cinco anos.

Em 6 de dezembro, a sonda capturou suas primeiras imagens, incluindo as primeiras representações do Sol em disco completo em comprimentos de onda que variam de 200 a 400 nanômetros.

Com esta missão, a Índia se une a um seleto grupo de países que enviaram sondas para estudar o Sol, incluindo China, Estados Unidos, Japão ou a extinta Alemanha Ocidental (em colaboração com a NASA), bem como a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

A sonda europeia Solar Orbiter, lançada em fevereiro de 2020, estuda o Sol a apenas 48 milhões de quilômetros da estrela, enquanto a Parker Solar Probe da NASA fez história em 2021 ao voar através da atmosfera superior desta estrela.