Samsung confirma graves defeitos em suas baterias (Vídeo)

Algumas apresentaram curtos-circuitos e outras não possuíam membranas de isolamento devido a erros de fabricação

29/06/2018 17:10 Atualizado: 29/06/2018 17:13

Por Epoch Times

Samsung confirmou que defeitos em suas baterias causaram incêndios perigosos em seu modelo de telefone móvel Galaxy Note 7, que teve sua fabricação interrompida, informou esta semana a Euronews.

O chefe da divisão de telefonia móvel da empresa de tecnologia coreana, Koh Dong-Jin, informou que, como parte de uma investigação, verificou-se que algumas das baterias de íon-lítio analisadas apresentaram curtos-circuitos e outras não possuíam membranas de isolamento devido a erros de fabricação.

A investigação foi iniciada depois que um automóvel em Detroit pegou fogo por causa de um celular. Uma mulher estava viajando em 21 de maio e levava próximo a ela dois smartphones, um Samsung Galaxy S4 e um Samsung Galaxy S8, presos em um suporte no painel.

A mulher contou que viu faíscas saindo de um dos smartphones, e nem tinha ainda conseguido parar o carro quando este já estava coberto de chamas.

O acidente custou à Samsung cerca de 5 bilhões de euros, conforme matéria da Euronews.

“Nós encaramos este incidente como uma oportunidade e fortalecemos nossas ideias. A partir de agora, priorizaremos a qualidade do produto e a segurança do cliente”, disse Dong-jin.

O porta-voz explicou que cerca de 700 mil pesquisadores recriaram processos de carregamento e descarga com cerca de 200 mil dispositivos e cerca de 30 mil baterias.

A confirmação da Samsung talvez explique as reclamações anteriormente feitas sobre as baterias. De acordo com Starmag, alguns usuários queixaram-se de problemas de desligamento do Galaxy Note 7, Galaxy Note 8 e mesmo em alguns Galaxy S8 Plus.

Samsung irá publicar na próxima terça-feira (03/07) seus resultados comerciais correspondentes ao quarto trimestre de 2016 e de todo o ano. Acredita-se que a empresa alcançou suficientes benefícios operativos devido ao aumento das vendas de microchips e monitores, como compensação.

No ano passado, o vice-presidente da Samsung Electronics, Lee Jae-yong, com 49 anos de idade, herdeiro de um dos maiores impérios empresariais do mundo, foi acusado de subornar o ex-presidente Park Geun-hye. A promotoria pediu 12 anos de prisão no tribunal de apelações em novembro passado.