Por Agência EFE
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos autorizou nesta quarta-feira (3) que o Google use uma nova tecnologia que reconhece, por meio de um radar, ordens gestuais como movimentos das mãos no ar, o que poderia representar uma transformação radical da tela tátil no futuro.
A inovadora tecnologia usa sinais de radar em uma determinada frequência (motivo pelo qual se necessitava a aprovação da FCC) para captar e processar movimentos humanos como deslizar um dedo no ar, estalar os dedos ou simular que se dá corda a um relógio com o indicador e o polegar.
Uma vez processados, estes movimentos são interpretados pelo software como ordens e, portanto, permitem realizar as mesmas tarefas que são realizadas hoje em dia por meio de telas táteis em telefones celulares, tablets e laptops.
O Google anunciou pela primeira vez que seu grupo de Projetos e Tecnologia Avançada estava trabalhando nesta tecnologia em 2015, e conseguir a aprovação dos reguladores no uso do radar era um passo fundamental para poder seguir desenvolvendo e aperfeiçoando a técnica pensando em seu potencial lançamento no mercado.
Concretamente, a multinacional americana pediu à FCC permissão para operar em frequências de entre 57 e 64 gigahertz.
“A habilidade de reconhecer os gestos manuais dos usuários sem contato tátil para controlar um aparelho como um telefone celular poderia ajudar pessoas com problemas de mobilidade, o que por sua vez poderia derivar em mais produtividade e qualidade de vida para muitos membros da sociedade norte-americana”, indicou a FCC na sua resposta.
Os responsáveis em captar os sinais são minúsculos sensores de radar que são instalados em um microchip dentro do aparelho em questão.
Um dos exemplos mais gráficos para explicar esta tecnologia é o caso de uma pessoa que está vendo um filme em sua Smart TV e, para baixar o volume, ao invés de usar um comando à distância ou ter de interagir fisicamente com o aparelho, simplesmente desliza seu dedo indicador para abaixo no ar sem movimentar-se do sofá.