Por Agência EFE
O radiotelescópio do Observatório de Arecibo, um dos maiores do mundo e localizado ao norte de Porto Rico, será desmontado após a quebra de um segundo cabo que mantém a estrutura e a equipe de engenharia que lidera os trabalhos de avaliação estimou que ele estava à beira do colapso.
A US National Science Foundation (NSF, em inglês), entidade dona do prédio histórico, construído há quase 60 anos e referência mundial da astronomia, informou na quinta-feira por meio de comunicado que antes do colapso iminente não havia outra opção.
O comunicado inclui o relatório de três empresas de engenharia contratadas para avaliar os danos causados à instalação, que não será reconstruída.
O Diretor da NSF Sethuraman Panchanathan explicou que a prioridade na tomada de decisão era a segurança, que neste momento estava comprometida pelo estado da estrutura.
“Havia um risco de colapso”, disse Panchanathan, referindo-se a três relatórios de outras tantas empresas de engenharia contratadas para avaliar.
Disse que a decisão em nenhum caso nada tem a ver com questões científicas e que ainda não há data para a demolição, embora esteja prevista para as próximas semanas.
O responsável esclareceu que o desmantelamento do radiotelescópio não significará o desaparecimento do Observatório de Arecibo, uma instalação científica que tem outras instalações que, em princípio, serão mantidas, embora a maior parte dos investigadores seja transferida para outros centros nos Estados Unidos.
O comunicado da NSF detalha que a demolição do radiotelescópio, de 305 metros de comprimento, já começou, pois não pode ser estabilizado sem risco de colapso.
No último sábado, foi relatada a possibilidade de colapso do radiotelescópio após a quebra de outro cabo que segura a estrutura e a descoberta de problemas em dois dos cabos principais, que suportam uma carga de 900 toneladas.
A origem que finalmente levou à decisão de desmontar o radiotelescópio é a ruptura inicial de um primeiro cabo auxiliar em 10 de agosto.
Uma pausa de um segundo, em 6 de novembro, gerou eventos até o anúncio do fim da instalação de quase 60 anos que tem sido um centro mundial de pesquisa astronômica.
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