Por Gospel Prime
A Associação Americana de Psicologia (APA) publicou um guia para seus membros que deve influenciar a sociedade nos próximos anos. Publicado esta semana, o material afirma que a “masculinidade tradicional é prejudicial aos homens” e pode resultar em assédio sexual, bullying e até homofobia.
A chamada masculinidade tradicional seria, diz o APA, “caracterizada pelo estoicismo, competitividade, dominância e agressividade, sendo, no geral, nociva psicologicamente”.
O guia foi elaborado com base em pesquisas nos Estados Unidos e destaca que “educar os garotos para que não expressem suas emoções causa danos que ecoam tanto internamente quanto externamente”.
O estudo da APA assegura que a ideologia masculina tradicional “limita o desenvolvimento psicológico dos homens e restringe seu comportamento, resultando em conflitos e influenciando negativamente a saúde mental e física”.
Como quase tudo que vem sendo produzido nessa área, o guia da Associação também questiona “o que é gênero nos anos de 2010”. Não é mais apenas o binário masculino-feminino”.
Ronald F. Levant, professor de psicologia na Universidade de Akron e co-editor de estudo da APA, aponta que “Ainda que os homens se beneficiem do patriarcado, eles também são afetados por ele”.
Já o dr. Ryon McDermott, que trabalhou no estudo, lembra que a proposta é ajudar os homens a mudarem para uma “masculinidade positiva”, que seria caracterizada por coragem e liderança. Ele acredita que o guia para psicólogos pode mudar o mundo, pois “se mudarmos os homens, mudamos o mundo”.
A divulgação do guia gerou reações. O autor conservador David French escreveu uma análise sobre a proposta da APA. “O ataque à masculinidade tradicional é, em si, prejudicial aos milhões de jovens que procuram ser física e mentalmente resistentes, enfrentar desafios e demonstrar liderança sob pressão. O ataque à masculinidade tradicional é um ataque a sua própria natureza”.
Para ele, essa não é uma discussão científica, mas ideológica. “Por padrão, meninos rejeitam características do estereotipo feminino. Essas coisas são inerentemente erradas ou prejudiciais? Certamente não. Depende muito de como um menino é criado – como sua masculinidade tradicional é canalizada”.