A NASA anunciou na terça-feira (29) que pretende cancelar o desenvolvimento de sua missão GeoCarb, que foi proposta para ser um satélite de baixo custo destinado a monitorar as emissões de gases de efeito estufa.
“O GeoCarb procurou sondar as fontes naturais e os processos de troca que controlam o dióxido de carbono, monóxido de carbono e metano na atmosfera das Américas”, disse a NASA em um comunicado de imprensa de 29 de novembro.
A última estimativa de custo do ciclo de vida do GeoCarb foi estimada em mais de US$ 600 milhões, o que é mais de três vezes a estimativa original de US$ 170,9 milhões quando o projeto foi selecionado.
O atraso e os custos crescentes teriam um “impacto prejudicial” no portfólio de ciências da Terra da agência espacial, incluindo um atraso de dois anos do Observatório do Sistema Terrestre. Além disso, estão surgindo novas opções para medir as emissões de gases do efeito estufa que não estavam presentes quando o GeoCarb estava sendo considerado, afirmou a agência.
Por exemplo, a NASA lançou o instrumento Earth Surface Mineral Dust Investigation, para a Estação Espacial Internacional em julho, que é capaz de medir o metano.
Devido a essas considerações, a agência espacial decidiu cancelar o GeoCarb. A NASA colaborará com a equipe de investigadores principais da Universidade de Oklahoma, para planejar um fechamento ordenado do projeto.
“Decisões como essa são difíceis, mas a NASA se dedica a fazer escolhas cuidadosas com os recursos fornecidos pelo povo dos Estados Unidos”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado de ciência da sede da NASA, em Washington, no anúncio.
“Estamos ansiosos para cumprir nosso compromisso com a observação climática de ponta de uma maneira mais eficiente e econômica.”
Alternativas, orçamentos e realidade do CO2
A NASA planeja priorizar uma missão de gases de efeito estufa como parte de sua primeira missão Earth System Explorers. Também espera obter dados de parceiros comerciais e internacionais.
O Earth System Observatory está programado para ser lançado até o final desta década e fornecerá uma visão 3D holística da Terra, que deve ajudar a entender melhor as mudanças no planeta. A NASA já tem dois satélites dedicados que estão monitorando o dióxido de carbono.
Para o ano fiscal de 2021, a NASA tinha um orçamento de US$ 25,2 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Para o ano fiscal de 2022, a agência recebeu US$ 24 bilhões, cerca de US$ 800 milhões a menos do que o pedido orçamentário do presidente de US$ 24,8 bilhões.
O dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, tem sido caracterizado como um poluente prejudicial pela grande mídia e políticos progressistas, mas é extremamente benéfico para tornar a Terra verde e ajudar as plantações a prosperar, disse Gregory Wrightstone, diretor executivo da CO2 Coalition, em entrevista anterior ao Epoch Times.
Antes da Revolução Industrial, o nível de CO2 no ar era provavelmente de 280 a 300 partes por milhão (ppm), mas agora está em cerca de 420 ppm, disse Wrightstone, então aumentou 140 ppm.
“Isso vai contra a ideia de que o dióxido de carbono está causando aumentos de temperatura”, disse Wrightstone. Durante os períodos frios da história, o nível de dióxido de carbono foi “relativamente estável”, apontou.
Mais CO2 leva a maior umidade do solo, ajudando assim a reduzir os incêndios em todo o mundo, disse ele. Houveram muito mais incêndios durante as décadas de 1920 e 1930 do que hoje, acrescentou.
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