Por que relíquias incomuns surgem após a cremação de monges?

Por Tara MacIsaac
22/03/2023 23:12 Atualizado: 30/03/2023 21:40

Tem sido afirmado na tradição budista que os monges consumados acumulam uma substância em seus corpos que as pessoas comuns não acumulam.

Esta substância é encontrada nas cinzas de um monge quando ele é cremado, e se parecem com pérolas ou gemas. É dito que essa substância é acumulada a partir de outras dimensões, já que absolutamente não é encontrada nesse mundo.

Essas “pérolas” são chamadas sarira ou ringels. Aparentemente, houve poucos estudos realizados sobre esse fenômeno. Algumas fontes dizem que a sarira não foi testada, já que são raras e consideradas sagradas.

O físico da Universidade de Stanford, William A. Tiller, PhD., e uma equipe de pesquisadores estudaram a energia em torno da sarira.

Nisha J. Manek, médico, é o autor principal do relatório, que foi apresentado no evento anual Toward a Science of Consciousness Conference, na Universidade do Arizona, em 2012. O Dr. Manek completou seu treinamento especializado na Universidade de Stanford e foi, durante um longo período, membro do corpo docente da Clínica Mayo, antes de começar seu trabalho com o Instituto Tiller para Ciências Psicoenergéticas.

Manek, que não é budista, explicou o que sentiu na presença da sarira: “Senti uma radiação tangível de uma energia requintada, que fluiu das relíquias para o centro do meu coração. Foi muito particular e profundo, e ainda transmitia uma imensa sensação de Unidade, ou uma unidade com todos e tudo. Não teve equivalente em qualquer experiência comum”.

Os pesquisadores usaram métodos desenvolvidos por Tiller para medir objetivamente o que Manek, talvez subjetivamente, sentiu ser uma energia que emana das relíquias.

Tiller tem estudado o impacto físico que a consciência humana tem. Ele postula que existem dois tipos de substâncias. Um é o tipo que somos capazes de perceber com nossos sensores convencionais: ele descreve essas substâncias como sendo no nível átomo/molécula elétrica.

O outro tipo existe no espaço entre os átomos e as moléculas.

Normalmente, não podemos perceber esse outro tipo, que Tiller descreve como tendo um estado de energia mais forte e termodinâmico – e é imensamente poderoso. Tiller diz que encontrou uma maneira de detectar essa substância, mas somente quando ela sobrepõe ou interage com o tipo de substância átomo/molécula elétrica torna-se possível perceber e medi-la. Isso nem sempre acontece, pois as duas substâncias geralmente permanecem separadas.

A intenção humana ativa uma espécie de substância intermediária chamada deltrons. Os deltrons facilitam a interação entre os dois tipos de substâncias.

O estudo de Tiller e Manek sobre as relíquias descobriu que as relíquias foram impregnadas com intenção humana.

“Embora não possamos considerar que esses objetos … tenham consciência fenomenal, não há dúvida de que um aspecto da consciência está impregnado em ambos os tipos de objetos. No caso das relíquias do Budismo, ao longo de centenas de anos, o “bombardeamento” reverencial manteve esses objetos impregnados de intenção humana. Se não houver respeito ou amor, as relíquias desaparecem”, afirma o relatório. Os pesquisadores também descobriram que “as moléculas atômicas dentro do espaço [em torno das relíquias] são ordenadas de forma mais coerente”.

A sarira permanece um mistério. Parece que a cremação de pessoas comuns não resulta nessas substâncias, mas a sarira não foi definitivamente comprovada como vinda de outros mundos.

A Ebay está inundada com objetos que são ditos serem sarira, à venda por apenas US$ 10. Uma organização budista vende uma pequena coleção de sarira por US$ 4 mil para manter suas necessidades.

Os estudos de Tiller e Manek sugerem que a sarira pode ter uma certa energia sobre os adoradores, mas a energia pode, em parte, ser projetada na sarira pelos próprios adoradores, também de acordo com os estudos.