Telefones celulares causam câncer? Sete dicas para proteger sua saúde ao usar o celular

Enquanto a ciência permanece envolvida em controvérsias, há especialistas que defendem a cautela

11/03/2019 22:00 Atualizado: 12/03/2019 05:35

Por Michael Wing

Um grande número de pessoas usa telefones celulares todos os dias sem pensar duas vezes. Eles nos ajudam a ficar conectados com as pessoas que amamos, a nos organizarmos e a permanecermos seguros em uma emergência. A dependência de telefones celulares cresceu, então o que aconteceria se soubéssemos que usar telefones celulares representa sérios riscos para a saúde?

Nokia “smart phones” (domínio público)

A primeira evidência ligando câncer e uso de telefone celular abalou a indústria em 1997. O Dr. Michael Repacholi e seus colegas do Royal Adelaide Hospital, no sul da Austrália, relataram que a exposição a longo prazo ao tipo de radiação proveniente de telefones celulares causou um aumento na ocorrência de linfoma em camundongos. O estudo recebeu ampla atenção da mídia internacional, já que foi a primeira vez que o câncer foi ligado ao uso de telefones celulares num estudo conduzido cientificamente.

Estudos mais recentes contestaram essas e outras descobertas semelhantes, mas vale notar que alguns desses novos estudos são apoiados por empresas de telefonia celular, cujos próprios interesses poderiam constituir um viés – como alguns que questionam essas descobertas apontaram com atenção.

No entanto, os telefones celulares estão ficando cada vez mais tecnologicamente avançados com o advento dos smartphones que  hoje, podem basicamente fazer qualquer coisa que um computador faz. Além disso, os telefones celulares causaram uma pertubação significativa em praticamente todas as esferas da vida, provocando uma dependência generalizada de seu uso em todo o mundo.

E enquanto a ciência permanece envolvida em controvérsias, há especialistas que defendem a cautela, mesmo assim; é melhor prevenir do que remediar, especialmente quando é nossa segurança e saúde que estão em jogo.

E, à luz dessas considerações de saúde, aqui estão algumas recomendações de especialistas a serem lembradas por todos os usuários de celular:

  1. Limite a exposição à radiação na cabeça, use mensagens de texto se possível

    Ilustração (domínio público)

É melhor limitar a exposição à radiação, especialmente quando o telefone estiver transmitindo próximo à cabeça. Se estiver usando o telefone sem um fone de ouvido, após a discagem, aguarde até que a chamada seja conectada antes de colocar o telefone próximo ao ouvido. Ou, quando possível, envie textos ao invés de fazer ou receber uma chamada.

O Neuro-oncologista do John Wayne Cancer Institute O Dr. Santosh Kesari, sugere limitar o uso de telefones celulares por crianças, já que seus corpos são menores e, portanto, mais sensíveis aos efeitos da radiação.

  1. Use um fone de ouvido com tubo de ar ou use viva-voz

    Adaptador de fone de ouvido de tubo de ar anti-radiação Binaural (Kinden)

Mesmo os manuais de telefones celulares dizem que manter o telefone a uma distância da cabeça reduz exponencialmente a exposição à radiação. Assim, o uso de fones ou headsets, ou simplesmente o uso do viva-voz, são boas alternativas para não colocá-lo próximo ao ouvido.

  1. Não mantenha seu celular no bolso quando estiver ligado

    (MaxPixel)

É melhor manter a maior distância possível das fontes de radiação, de acordo com especialistas como a Dra. Jennifer Simmons, cirurgiã chefe de mama do Einstein Medical Center Montgomery, na Filadélfia.

Fabricantes de telefone celular orientam que os telefones devem ser mantidos a 1 polegada de distância do corpo. Logicamente, alternativas como manter os telefones em uma bolsa ou no bolso da jaqueta são preferíveis a carregá-las no bolso da calça. Ou pelo menos, gire o teclado em direção ao corpo, se ele precisar ser mantido no bolso, o que direcionará os campos eletromagnéticos para longe de você. Ou melhor ainda, desligue-o.

  1. Não durma com o seu celular debaixo do travesseiro

    (Shutterstock)

É melhor manter o telefone celular do outro lado da sala ou em outra sala durante o horário de dormir, pois foi demonstrado que os campos eletromagnéticos podem perturbar a produção de melatonina do corpo e, por sua vez, nossos hábitos de sono, conforme relatado pelo It Takes Time.

  1. Evite usar telefones celulares em veículos em movimento, elevadores ou locais onde os sinais são fracos
(Pexels)

Locais como em veículos em movimento, túneis, metrôs ou elevadores – ou em qualquer lugar onde os sinais sejam fracos – devemos evitar o usar o celular, pois a antena estará constantemente procurando uma conexão e emitindo mais radiação do que em qualquer outro lugar. Evite isso ligando ou recebendo chamadas de locais onde os sinais são fortes.

  1. Mude para “modo avião” ou desligue quando não estiver usando

Outra maneira de reduzir a exposição à radiação é desligando o transmissor sem fio quando você não estiver precisando usar o celular, seja colocando-o no modo avião ou desligando-o completamente. Embora possa ser necessário fazer chamadas durante algumas horas do dia, talvez seja possível desconectar quando estiver menos ocupado.

  1. Reduza o uso em vez de confiar em gabinetes / dispositivos protetores

    (Shutterstock)

Cases de proteção, como o Otterbox e o Pong Case, podem ser eficazes na prevenção de danos caso você deixe o seu telefone cair, mas o oposto pode ser verdadeiro quando se trata de sua saúde. Tais cases podem inibir as emissões de radiação, o que faz com que o telefone trabalhe mais para transmitir sinais, produzindo mais radiação do que menos.

Enquanto isso, com vários escudos e adesivos proclamando bloquear a radiação, oferecendo proteção, é a mesma situação da indicada acima. Segundo a Dra. Magda Havas, da Trent University, é uma prática mais sensata simplesmente reduzir a exposição em geral, e não via tais produtos.

 

Aviso: Este artigo é apenas para fins informativos e não é um substituto para o aconselhamento médico profissional.