Por Agência EFE
Os operários das linhas de montagem dos foguetes e naves Soyuz terão que portar câmeras corporais para registrar sua atividade depois dos problemas ocorridos no lançamento do último dia 11, que uma comissão está investigando e que pode ter sua origem no processo de fabricação da nave.
O Serviço de Imprensa da Roscosmos, a agência espacial russa, disse nesta sexta-feira (19) à agência Interfax que essa norma será aplicada a todas as empresas da indústria aeronáutica.
Por enquanto, a comissão que investiga o lançamento fracassado da Soyuz descartou uma sabotagem durante a montagem do foguete, segundo a agência RIA Novosti.
No entanto, uma fonte próxima do Ministério da Defesa da França assinalou ao jornal Kommersant que, aparentemente, o dano aconteceu por causa de uma montagem defeituosa das seções do segundo estágio do foguete nas instalações de montagem e testes da base de Baikonur, nas estepes do Cazaquistão.
Concretamente, o dano pode ter sido causado quando um lado da seção foi levantado com um guindaste, por isso não se tratou de um erro de projeto ou de produção, mas operacional.
A Roscosmos apresentará na segunda ou na terça-feira as conclusões da comissão de trabalho que investiga o defeito.
Em 11 de outubro, uma falha no foguete portador Soyuz-FG, que deveria transportar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a nave Soyuz MS-10 com o cosmonauta russo Alexei Ovchinin e o astronauta americano Nick Hague a bordo, provocou uma ejeção automática da cápsula recuperável que aterrissou no Cazaquistão.
A causa imediata do acidente, segundo a informação preliminar, foi o choque de um elemento lateral, parte do primeiro estágio do foguete, quando este estava se separando do segundo.