Operação internacional contra pirataria derruba 675 sites e 14 aplicativos ilegais

A ação mobilizou cinco países e resultou em oito prisões, combatendo infrações de direitos autorais.

Por Redação Epoch Times Brasil
19/09/2024 12:16 Atualizado: 19/09/2024 12:16

Uma ação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil derrubou 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal nesta quinta-feira (19). A operação, parte da sétima fase da “Operação 404”, contou com a colaboração de cinco países, como Argentina e Reino Unido, além de nove estados brasileiros.

O foco foi combater infrações de direitos autorais, removendo conteúdos ilegais, como áudio, vídeos e jogos, de servidores e mecanismos de busca.

Foram cumpridos 30 mandados de busca, resultando na prisão de oito suspeitos, cinco no Brasil e três na Argentina. No Brasil, apenas um tinha mandado de prisão preventiva, os demais foram presos em flagrante.

Diversas entidades, incluindo a Premier League, colaboraram com a operação, que visou proteger a indústria criativa e mitigar prejuízos econômicos.

Além da remoção dos sites, perfis em redes sociais também foram desativados, reforçando a mobilização internacional contra a pirataria e suas consequências financeiras.

A pirataria gera prejuízos bilionários, especialmente no Brasil, onde 38,4% dos lares consomem conteúdo ilegal, segundo a Alianza Contra a Pirataria de Televisão Paga.

Impactos econômicos e sociais

O consumo de conteúdo pirata afeta não só empresas, mas também o consumidor e a economia como um todo.

Segundo a Alianza Contra a Pirataria de Televisão Paga, 38,4% dos lares brasileiros acessam conteúdos ilegais, gerando uma perda de R$ 3,4 bilhões em arrecadação e R$ 19,14 bilhões em prejuízos para a indústria. Esse consumo afeta diretamente o mercado de trabalho, eliminando cerca de 60 mil empregos formais no Brasil a cada ano.

Além disso, a pirataria afeta especialmente transmissões esportivas, como partidas de futebol, cujas receitas são vitais para a manutenção dos clubes, principalmente os menores.

Segundo Jorge Bacaloni, presidente da Alianza, ao acessar transmissões ilegais, o torcedor prejudica diretamente o clube que torcem.

A pirataria de eventos ao vivo tem impacto imediato e direto, diferente da pirataria de filmes e séries, que afeta a longo prazo. O acesso ilegal aumenta os custos de produção e os preços para os consumidores, pois a arrecadação não cobre os custos operacionais.

Opinião pública sobre a pirataria

Apesar da disseminação da prática no Brasil, a maior parte da população condena a pirataria. Conforme relatado pelo Epoch Times Brasil, 72% dos brasileiros consideram a pirataria prejudicial à economia e ao mercado de trabalho. Além disso, 64% dos entrevistados afirmam que adquirir produtos piratas é moralmente errado.

No entanto, muitos consumidores ainda se arriscam ao acessar esses conteúdos ilegais, sem considerar os impactos econômicos e os riscos à segurança digital, como a exposição a malwares e vírus.