O surgimento de um novo oceano pode acontecer mais rápido do que o previsto

Por Redação Epoch Times Brasil
06/01/2025 20:59 Atualizado: 06/01/2025 20:59

A Terra está prestes a passar por uma transformação geológica significativa, e o mais surpreendente é que esse processo pode ocorrer em um tempo muito mais curto do que se imaginava.

Na região do Chifre da África, que inclui países como Somália, Eritreia, Etiópia e Djibuti, um fenômeno geológico está se desenrolando, com a Depressão de Afar como o epicentro. 

Uma dinâmica tectônica está criando as condições para o surgimento de um novo oceano, um evento que, até recentemente, parecia estar a milhões de anos de distância.

O ponto de ruptura A Depressão de Afar é um local onde as placas tectônicas se encontram e estão se separando gradualmente. 

A atividade conhecida como rifteamento tectônico está levando a Terra a se fragmentar, permitindo que o magma do manto terrestre suba e forme novas camadas de crosta. 

Essa separação é acompanhada por uma atividade sísmica e vulcânica constante, com novos terremotos e erupções acontecendo na região com frequência.

Em 2005, uma grande fenda de 60 quilômetros se abriu rapidamente após uma série de abalos sísmicos, mostrando a velocidade com que as mudanças geológicas podem ocorrer nesse local.

A formação de um novo oceano O processo de rifteamento tectônico está criando o cenário para a formação de um novo oceano. 

À medida que as placas se afastam, o espaço resultante é preenchido por magma, que vai se solidificando ao longo do tempo e criando nova crosta oceânica. 

Isso pode, eventualmente, separar o Chifre da África do continente africano, criando uma nova ilha cercada pelas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden.

Inicialmente, os cientistas previam que a formação desse oceano levaria entre 8 e 10 milhões de anos. No entanto, estudos recentes indicam que o processo pode ser muito mais rápido, podendo ocorrer dentro de apenas um milhão de anos.

O ciclo das placas tectônicas Esse processo de separação das placas e criação de novos oceanos já ocorreu no passado. 

Há 200 milhões de anos, o supercontinente Pangeia se fragmentou e originou o Oceano Atlântico. 

O que estamos observando na Depressão de Afar é uma continuação desse processo geológico contínuo. O Atlântico, por exemplo, continua a se expandir a uma taxa de 2 a 4 centímetros por ano devido à separação das placas tectônicas.

O que ocorre na Depressão de Afar é uma demonstração da forma como as forças naturais continuam a moldar a Terra, lembrando-nos de que o nosso planeta está em constante transformação.