O que é uma fintech?

Por Rodd Mann
03/12/2024 17:22 Atualizado: 03/12/2024 17:22
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times. 

Fintech é a abreviação de tecnologia financeira, referindo-se à integração da tecnologia com os diversos serviços financeiros que os consumidores demandam atualmente. 

A fintech está promovendo mudanças ao facilitar o acesso de populações subatendidas ou sem acesso a serviços bancários aos serviços financeiros. 

O acesso é democratizado em um nível que simplesmente não existe com os métodos bancários tradicionais. 

Inovações tecnológicas agora estão disponíveis para melhorar suas transações financeiras, trazendo novas eficiências, fácil acessibilidade e muito mais conveniência.

Serviços Fintech oferecidos hoje

Finanças pessoais: aplicativos como o YNAB (You Need A Budget, ou Você Precisa de Um Orçamento, em tradução livre) ajudam os indivíduos a gerenciar suas finanças, controlar seus gastos e definir um novo orçamento.

Pagamentos digitais: PayPal, Apple Pay e Venmo oferecem pagamentos online (e móveis) fáceis, rápidos e seguros.

Insurtech: Empresas como Lemonade e Oscar estão transformando o setor de seguros com suas soluções baseadas em tecnologia.

Empréstimos: plataformas de empréstimos online, como LendingClub e Upstart, usam algoritmos para medir a qualidade de crédito do consumidor para conceder empréstimos.

Blockchain (e criptomoeda): A tecnologia Blockchain permite transações financeiras descentralizadas.

Consultores robóticos: plataformas automatizadas como Betterment ou Wealthfront fornecem consultoria de investimento e serviços para gerenciar seu portfólio de investimentos.

Neobanks: Bancos exclusivamente digitais, como Chime e SoFi, oferecem serviços bancários sem um endereço físico ou local para atendimento (sem o chamado “endereço físico” ou brick-and-mortar, em inglês).

Pontos fortes das fintechs

A fintech oferece acesso a serviços financeiros para pessoas subatendidas e “desbancarizadas”. Ela proporciona maneiras mais rápidas e convenientes para aqueles com habilidades digitais básicas gerenciarem suas próprias finanças. Além disso, pode reduzir as taxas e custos associados aos serviços financeiros tradicionais e convencionais.

Novos aplicativos financeiros inovadores, impulsionados por modelos de negócios modernos, estão transformando os produtos financeiros de maneira verdadeiramente revolucionária, mudando o panorama dos serviços financeiros tradicionais. 

A fintech está remodelando o setor ao utilizar a tecnologia para melhorar a prestação de serviços e encantar seus usuários.

 Como a fintech ainda está em evolução, muitas pessoas ainda não consideraram seriamente a possibilidade de migrar para essa tecnologia ou sequer experimentá-la.

Fraquezas das fintechs

A Fintech, no entanto, traz seu próprio conjunto de riscos, então vamos dar uma olhada em alguns deles.

Cibersegurança: Por possuírem uma grande quantidade de dados financeiros sensíveis, as fintechs são alvos preferenciais de ataques cibernéticos. Embora medidas de cibersegurança tenham sido amplamente implementadas, elas precisam continuar evoluindo e sendo continuamente aprimoradas para criar bancos de dados mais robustos e resilientes contra hackers, protegendo contra violações de dados e fraudes.

Fraquezas operacionais: As empresas de fintech enfrentam riscos operacionais devido às complexidades inerentes às novas tecnologias. Como tecnologias ainda mais novas e em constante mudança são rapidamente adotadas para aumentar a velocidade de processamento e a eficiência, esses esforços podem resultar em erros, falhas de sistema e outros problemas.

Conformidade regulatória: Desde a lei Dodd-Frank até uma série contínua de regulamentações bancárias, as fintechs devem acompanhar rapidamente as exigências mais recentes, sob pena de sofrer sanções legais e danos à reputação.

Riscos de mercado: A exposição a riscos de mercado está sempre presente, uma vez que taxas de juros, taxas de câmbio e outras variáveis financeiras estão em constante mudança e, muitas vezes, são voláteis.

Privacidade de dados: Os dados pessoais devem ser tratados como informações privadas e improváveis de serem mal utilizados. Isso remete à questão da cibersegurança e à necessidade de proteger esses dados contra ataques de hackers.

Fraude: Dada a rapidez das transações, criminosos podem se engajar em lavagem de dinheiro e fraudes, criando oportunidades para ações criminosas rápidas e eficazes, no estilo “smash and grab”.

Apesar desses riscos, as enormes oportunidades de inovação e melhorias no setor financeiro continuarão impulsionando as fintechs e ampliando sua presença nesse mercado. Abaixo, apresentamos um exemplo real do que pode dar errado com as fintechs, que ainda estão, de certa forma, em sua fase inicial de desenvolvimento.

O caso Synapse

Há dez anos, a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz criou uma nova plataforma chamada Synapse para permitir que empresas de fintech (como Yotta e Juno) oferecessem serviços bancários sem a necessidade de licenças bancárias. (Você provavelmente já percebe que problemas estão por vir).

A Synapse encerrou suas operações e entrou com pedido de falência em abril de 2024, congelando os fundos mantidos em seus bancos parceiros. Isso deixou os clientes sem acesso a US$ 265 milhões. Seis meses depois, os clientes ainda não conseguiram recuperar seu dinheiro. Além desse desastre, US$ 90 milhões parecem ter simplesmente desaparecido.

Nessa situação, normalmente, a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) intervém para assumir o controle da instituição financeira falida, garantindo até US$ 250.000 para cada titular de conta.

No entanto, essas plataformas não eram respaldadas pela FDIC. Em vez disso, elas haviam firmado parcerias com bancos segurados pela FDIC para manter o dinheiro dos clientes das empresas em uma estrutura denominada FBO (for benefit of, ou “para benefício de”). Isso permitia que as fintechs gerenciassem os fundos, embora o dinheiro estivesse armazenado em outro local. A ideia era evitar os custos e a burocracia necessários para formar um novo banco.

Para que tudo funcionasse, era necessário um intermediário para registrar as transações financeiras, mas a Synapse não mantinha registros contábeis precisos. Agora, não há como determinar como os fundos devem ser distribuídos. A FDIC propôs novas regras sobre a manutenção de registros dos depósitos para corrigir essa falha.

Resumo

Recentemente, transferi uma pequena quantia da minha conta corrente herdada do Citi para uma nova conta SoFi. SoFi é uma empresa americana de finanças pessoais online e um banco online. Oferece produtos financeiros, incluindo empréstimos, refinanciamentos, hipotecas, cartões de crédito, serviços bancários e investimentos por meio de seus aplicativos móveis e na área de trabalho do seu computador. À medida que me interesso e experimento neste novo e excitante setor financeiro com os seus novos produtos inovadores, sairei progressivamente do meu antigo sistema bancário legado e entrarei num mundo corajoso, rápido, simples, conveniente e mais barato, com mais serviços e uma melhor experiência do cliente.

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