Por Aldgra Fredly
O Centro de Previsão do Clima Espacial emitiu um aviso de tempestade geomagnética no dia 13 de março, observando que tempestades solares leves devem atingir a Terra nesta semana devido a “possíveis efeitos da chegada de ejeções de massa coronal no dia 10 de março”.
As tempestades geomagnéticas ocorrem quando uma grande explosão de vento solar interfere no campo magnético da Terra.
A agência, que é administrada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), disse que tempestades geomagnéticas “moderadas” e “menores” atingirão a Terra a partir de 14 de março, as quais foram classificadas como G1 e G2 na tempestade solar de cinco níveis.
O British Met Office também emitiu um comunicado na terça-feira dizendo que a atividade solar foi moderada nas últimas 24 horas.
“Existe uma região grande, mas estável, que estará girando do lado da Terra do disco no final do dia 15 de março”, afirmou. “Há uma ejeção de massa coronal lenta e fraca observada em 13 de março que pode dar um golpe de relance na Terra em 17 de março, mas temos baixa confiança”.
O Met Office disse que a melhor chance de ver a aurora boreal é nas partes do norte da Escócia, com chances reduzidas no Reino Unido. Ele observou que os avistamentos de auroras “ainda são prováveis em altas latitudes” até terça-feira.
“A taxa de contagem de partículas energéticas (prótons de alta energia) está prevista para ser em níveis de fundo sem tempestades de radiação solar, embora haja apenas uma pequena chance de um aumento em resposta a qualquer maior erupção que possa ocorrer”, afirmou.
De acordo com o United States Geological Survey, a eletrônica dos satélites pode ser danificada durante tempestades geomagnéticas devido ao “acúmulo e descarga de cargas elétricas estáticas”. Astronautas e pilotos que voam em grandes altitudes também podem ser expostos a “níveis aumentados de radiação”.
“Como a ionosfera é aquecida e distorcida durante as tempestades, a comunicação de rádio de longo alcance que depende da reflexão sub-ionosférica pode ser difícil ou impossível, e as comunicações do sistema de posicionamento global (GPS) podem ser degradadas”, afirmou.
‘Apocalipse da Internet’
A professora assistente Sangeetha Abdu Jyothi, da Universidade da Califórnia em Irvine, alertou em setembro do ano passado que uma “supertempestade” solar direcionada à Terra poderia provocar um “apocalipse da internet” em todo o mundo que poderia durar vários meses.
De acordo com a pesquisa de Jyothi, redes elétricas, oleodutos, gasodutos e cabos de rede são os mais vulneráveis aos impactos das correntes induzidas geomagneticamente, enquanto os cabos submarinos, que se estendem por centenas ou milhares de quilômetros, são ainda mais vulneráveis que os cabos terrestres, devido à seus comprimentos.
“Os EUA são um dos locais mais vulneráveis com alto risco de desconexão da Europa durante eventos solares extremos. As conexões intercontinentais na Europa correm um risco menor devido à presença de um grande número de cabos terrestres e submarinos mais curtos que interligam o continente”, observa o relatório.
Katabella Roberts contribuiu para esta reportagem.
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