As primeiras investigações da missão espacial indiana Chandrayaan-3 na face mais meridional da Lua detectaram a presença de oxigênio e enxofre na superfície do satélite, conforme informou na terça-feira a Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, na sigla em inglês).
O instrumento de medição LIBS, que analisa a composição dos materiais expondo-os a intensos pulsos de laser, confirma “de forma inequívoca a presença de enxofre (S) na região, algo que não era possível com os instrumentos a bordo dos orbitadores”, declarou a ISRO em um comunicado.
As análises preliminares recolhidas por este instrumento de medição, a bordo do rover Chandrayaan-3, além de oxigênio e enxofre, revelam também a presença de alumínio (Al), cálcio (Ca), ferro (Fe), cromo (Cr) e titânio (Ti) no polo sul da Lua, especifica a agência espacial indiana.
Restos de manganês (Mn) e silício (Si) também foram encontrados em outras medições, acrescenta o comunicado.
A organização espacial indiana observa ainda que “uma investigação aprofundada sobre a presença de hidrogênio” na Lua está em andamento.
O Chandrayaan-3 fez história no último dia 23 ao tornar a Índia o primeiro país a alcançar a parte mais meridional do satélite, de onde serão coletadas informações importantes para a Terra sobre a presença de água e minerais nos 14 dias terrestres previstos para durar a missão.
Menos de uma semana depois desta histórica aterragem na Lua, a ISRO anunciou que está preparando sua primeira missão espacial para estudar o Sol, que partirá no próximo sábado do centro da agência espacial indiana em Sriharikota, no sul do país.
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