Lua tem muito gelo em seus polos e no lado escuro, afirma NASA

Nesses cantos da Lua as temperaturas mais quentes nunca são superiores a -250 graus Fahrenheit

22/08/2018 11:31 Atualizado: 22/08/2018 11:31

Por Anastasia Gubin, Epoch Times

Os cientistas afirmam: a Lua possui água.

“Nas áreas mais escuras e frias de suas regiões polares, uma equipe de cientistas observou a evidência definitiva da existência de água congelada na superfície da Lua”, revelou a NASA em 20 de agosto.

Não são depósitos localizados em um único local, eles estão distribuídos em muitos pontos de forma irregular.

Pesquisadores acreditam que “podem ser antigos depósitos de água.”

Agora a NASA afirma que se houver gelo suficiente na superfície, “a água provavelmente poderá estar acessível como um recurso para futuras expedições exploratórias e até mesmo de permanência na Lua; será muito mais fácil acessar a água congelada sobre a superfície do que a água detectada abaixo da superfície da Lua”.

Por que a NASA demorou tanto para confirmar a presença de água, se já haviam afirmado anteriormente a possível existência de gelo no Polo Sul?

A agência espacial argumenta que alguns acreditavam que poderia ser devido a um solo lunar extraordinariamente reflexivo.

“No Polo Sul, a maior parte do gelo está concentrada nas crateras lunares, enquanto o gelo do Polo Norte é mais extenso, mas disperso”, observa o relatório.

Richard Elphic, do Centro de Pesquisas Ames da NASA, em Silicon Valley na Califórnia, trabalhou com uma equipe de cientistas liderados por Shuai li da Universidade do Havaí.

Utilizando dados coletados por um instrumento chamado M3 projetado para fazer o mapa mineralógico da Lua, eles encontraram evidências de que há gelo em sua superfície.

Imagem mostra distribuição do gelo na superfície do Polo Sul da Lua (esq.) e do Polo Norte (dir.), detectados por um instrumento chamado Moon Mineralogy Mapper (M3) da NASA. O azul representa a localização do gelo, traçada sobre uma imagem da superfície lunar, onde a escala de cinza corresponde à temperatura superficial (as mais escuras representam as áreas mais frias e as mais claras indicam as áreas mais quentes). O gelo está concentrado nos lugares mais escuros e frios, nas sombras das crateras. Esta é a primeira vez que os cientistas detectam evidência definitiva de gelo na superfície da Lua (NASA)
Imagem mostra distribuição do gelo na superfície do Polo Sul da Lua (esq.) e do Polo Norte (dir.), detectados por um instrumento chamado Moon Mineralogy Mapper (M3) da NASA. O azul representa a localização do gelo, traçada sobre uma imagem da superfície lunar, onde a escala de cinza corresponde à temperatura superficial (as mais escuras representam as áreas mais frias e as mais claras indicam as áreas mais quentes). O gelo está concentrado nos lugares mais escuros e frios, nas sombras das crateras. Esta é a primeira vez que os cientistas detectam evidência definitiva de gelo na superfície da Lua (NASA)

O instrumento foi lançado em 2008 com a espaçonave Chandrayaan-1 pela Organização de Pesquisa Espacial da Índia.

“O M3 foi equipado de uma forma única para confirmar a presença de gelo na Lua. Ele coletou dados que não só mostravam as propriedades reflexivas que esperaríamos do gelo, mas que também poderiam medir diretamente a forma distintiva em que suas moléculas absorvem a luz infravermelha, para que se possa diferenciar entre água no estado líquido, gasoso ou sólido”.

Isso permitiu saber que “a maior parte do gelo recém descoberto está localizado nas sombras das crateras perto dos polos”. Nesses cantos da Lua as temperaturas mais quentes nunca são superiores a -250 graus Fahrenheit.

“Devido à pequena inclinação do eixo de rotação da Lua, a luz do Sol nunca alcança essas regiões.”

“Aprender mais sobre esse gelo, como chegou lá e como interage com o ambiente lunar, será o objetivo-chave da missão para a NASA e seus parceiros comerciais, enquanto nos esforçamos para voltar e explorar o nosso vizinho mais próximo, a Lua”, concluiu a Agência Espacial Norte-americana.