Por Agência Reuters
Google, da Alphabet Inc, lançou na segunda-feira passada (7) um derivado de seu sistema operacional Android para eletrodomésticos e outras máquinas, depois de resultados díspares de derivados do Android para automóveis, relógios inteligentes e televisores.
“Android Things”, que chega em um momento em que o Google dá início à sua conferência anual para desenvolvedores, poderá levar seu assistente virtual Google Assistant para geladeiras e robôs, projetos de família, caixas de supermercado e máquinas automáticas.
Os derivados do Android visam fornecer aos usuários uma interface consistente em diferentes dispositivos, enquanto o Google e seus parceiros de negócios se beneficiam de uma maneira padrão de distribuir seus aplicativos.
Embora o Google não cobre dos fabricantes de equipamentos para instalar o Android, a empresa espera gerar retornos na medida em que os consumidores passarem a usar novos dispositivos para busca, assistir vídeos no YouTube e comprar conteúdo em sua loja Google Play Store.
O sistema operacional Android controla muitos dos telefones avançados do mundo e direciona os usuários para aplicações pagas do Google. No entanto, o Google teve custos para estender o domínio do Android a outras áreas nos últimos quatro anos, segundo analistas dos setores tecnológico e financeiro.
Android Automotive ainda não está amplamente presente nos automóveis. As vendas de telefones avançados com o sistema operacional Google Wear foram ultrapassadas em cinco a um por dispositivos de sua rival Apple Inc no ano passado, segundo a empresa de pesquisa IDC.
Em cada categoria, o sistema operacional Android marcou uma menor presença no mercado no ano passado do que as variantes do Android adaptadas aos clientes, que são menos lucrativos para o Google porque geralmente não são pré-carregadas nem compatíveis com suas aplicações. As variantes do Android são muito bem sucedidas na China, onde o Google não opera.
No entanto, o Android Automotive está ganhando a atenção dos fabricantes de automóveis na Índia e no Brasil, disse Patrick Brady, vice-presidente de engenharia do Google.