“Garimpo espacial”: empresa americana ganha licença para minerar asteroides

Por Redação Epoch Times Brasil
06/11/2024 14:29 Atualizado: 06/11/2024 14:29

A mineração de asteroides vem dando passos importantes rumo à realidade. A empresa AstroForge acaba de receber a primeira licença comercial dos Estados Unidos para operar e se comunicar com uma espaçonave em missão no espaço profundo.

A liberação foi concedida pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) e permitirá à companhia desenvolver uma rede de interação com estações terrestres para a missão Odin, planejada para ser lançada em 2025, cujo objetivo é testar a viabilidade de alcançar um asteroide próximo à Terra.

Embora o foco inicial não seja a mineração propriamente dita, mas sim provar que é possível chegar a um asteroide com esse objetivo, o sucesso dessa fase preparatória pode ser um marco no caminho para o “garimpo espacial”.

A licença concede à AstroForge permissão para estabelecer uma rede de comunicação entre a espaçonave e as estações de rádio na Terra. Isso permitirá enviar comandos à nave e receber dados cruciais sobre a missão.

Embora a tecnologia para mineração nos materiais do asteroide ainda esteja em desenvolvimento, a companhia já tem planos de testar a operação em microgravidade — medida do grau em que um objeto no espaço está sujeito à aceleração — e refinar os recursos encontrados nos corpos celestes.

A empresa já havia tentado uma missão preliminar em 2023 com a nave Brokkr-1, que alcançou a órbita da Terra, mas não conseguiu ativar com sucesso a tecnologia de refinaria a bordo. Apesar do revés, a AstroForge considerou a missão bem-sucedida, pois proporcionou experiência nos voos e qualificação de veículos espaciais.

A missão Odin será um passo decisivo para a empresa, mas o destino exato do asteroide e a data do lançamento ainda não foram revelados. A empresa prevê que o lançamento ocorra no início de 2025, embora o cronograma possa ser reajustado.

A mineração de asteroides recebe críticas, devido ao alto custo envolvido, bem como preocupações sobre a possível contaminação da Lua e dos asteroides, que podem ser fontes valiosas de informações sobre a formação do sistema solar.

Apesar dos desafios, a missão representa um passo audacioso em direção ao futuro da mineração espacial.