A mitologia escandinava afirma que o Kraken engoliu baleias e devorou navios. Ele foi descrito como uma versão enorme de um polvo ou lula. As lendas inclusive reivindicam que esta terrível criatura marinha teria um 1,6 quilômetro de comprimento. Embora o Kraken tenha aparecido pela primeira vez na saga islandesa Örvar-Oddr do século 13, um pesquisador acredita ter descoberto evidência fóssil relacionada a essa criatura.
Inicialmente encontrados em 2011, os fósseis de um lagarto marinho exibiam um padrão estranho que um pesquisador acreditava ter sido causado por um polvo gigante, como o Kraken. A reivindicação foi criticada, mas o professor Mark McMenamin, paleontólogo do Mount Holyoke College em Massachusetts, apoiou esta conclusão com outras descobertas.
Um arranjo estranho da vértebra do réptil marinho foi encontrado no Parque Estadual Berlim-Ichthyosaur em Nevada, Estados Unidos. O animal foi chamado “ictiossauro” e viveu cerca de 200 a 250 milhões de anos atrás. A disposição dos ossos quando foram encontrados sugere que ele foi atacado por um predador muito maior, o que poderia apoiar a hipótese de que um polvo ou lula gigante uma vez dominou os mares. Estima-se que a criatura que derrotou o ictiossauro teria cerca de 30 metros de comprimento; o que ultrapassa o maior polvo gigante conhecido hoje, uma criatura raramente maior do que um ser humano.
A descoberta de um fóssil identificado como parte do bico de um polvo gigante ou criatura tipo lula, juntamente com mais ossos dispostos em padrões incomuns e com marcas de sucção, reforçaram a evidência de McMenamin. Uma “pilha de detritos” de ossos dispersos também foi encontrada próxima dos restos do ictiossauro.
McMenamin afirma que o arranjo dos ossos e a localização das cicatrizes de sucção indicam que o ictiossauro foi afogado ou que seu pescoço foi quebrado. Daí, parece que a criatura foi deslocada, possivelmente para o covil do Kraken, onde foi despejada.
Essa descoberta poderia realmente apontar para a existência do lendário Kraken? Embora a ideia seja interessante, talvez mais evidências sejam necessárias.
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