A Ford está cortando a produção em oito fábricas a partir do dia 7 de fevereiro, pois a empresa alertou recentemente que a escassez de chips de computador causaria uma queda nos volumes de veículos no primeiro trimestre de 2022.
A produção nas fábricas em Chicago, Michigan, e Cuautitlan, no México, foram suspensas, segundo a Reuters. Nas fábricas do Kentucky, Louisville e Dearborn, a Ford planeja reduzir os horários ou até mesmo executar turnos únicos. Na fábrica de Oakville, no Canadá, a Ford está tentando se livrar das horas extras. Em uma fábrica no Kansas, a Ford pretende reduzir a produção de suas picapes F-150, enquanto um turno será dedicado à produção de vans Transit.
Representantes da Ford não responderam a um pedido por comentários até o momento.
Apenas um dia antes, a montadora Dearborn havia divulgado seus resultados do quarto trimestre de 2021 (pdf). Como ficou aquém das expectativas de Wall Street, as ações da empresa caíram nas negociações de quinta-feira. A ação, que atingiu uma alta de US $20,61, fechou o dia em US $19,89, uma queda de cerca de 3,61%. O preço das ações caiu 17,5% no acumulado do ano.
Os resultados do quarto trimestre de 2021 mostraram uma receita de US $37,7 bilhões, lucro líquido de US $12,3 bilhões e lucro ajustado antes de juros e impostos de US $2 bilhões. A fabricante ressaltou a importância dos veículos elétricos na linha da empresa daqui para frente, conquistando a segunda posição do país na categoria.
“Também estamos orgulhosos que os clientes vejam como a Ford está levando os veículos elétricos ao público geral, o qual já encomendou ou reservou mais de 275.000 SUVs Mustang Mach- totalmente elétricos, picapes F-150 Lightning e veículos comerciais E-Transit – e nós estamos quebrando os limites para entregar cada um deles o mais rápido possível”, afirmou o presidente e CEO Jim Farley no relatório.
Em 2021, a Ford vendeu 3,94 milhões de unidades de veículos no atacado nos Estados Unidos, uma queda de 5,8% em comparação com os 4,19 milhões de 2020, enquanto a participação de mercado da empresa diminuiu de 5,8% para 5,1% ano a ano. A escassez de semicondutores desempenhou um grande papel no declínio da produção. A escassez de chips forçou a empresa a interromper a produção até mesmo de seus modelos de alta demanda, como o F-150, Bronco e Mach-E.
Apesar de projetar um declínio nos volumes de veículos para o primeiro trimestre, a Ford prevê que o volume aumente de forma bastante significativa no segundo semestre do ano, pois vê a situação global de fornecimento de semicondutores melhorar nesta época.
Em entrevista à Fox News, John Lawler, diretor financeiro da Ford, afirmou que um aumento na produção pode derrubar os preços dos carros que vêm subindo devido às pressões inflacionárias. A disseminação da variante Ômicron do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) e a escassez de chips dificultaram as coisas para a empresa no último trimestre de 2021. “Simplesmente não conseguimos atingir os volumes mais altos que alguns esperavam”, acrescentou ele.
Outras marcas de automóveis também tiveram vendas mais baixas no mês de abertura do ano, com grandes nomes como Honda, Mazda e Volvo sofrendo quedas de dois dígitos. Toyota e Subaru também registraram vendas mais baixas. As marcas que viram as vendas aumentarem em janeiro incluem Hyundai e Genesis.
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