O governo dos Estados Unidos anunciou ontem (09) que desmantelou uma rede global de malwares usada pelos serviços de espionagem da Rússia durante duas décadas para monitorar membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), jornalistas e outros alvos.
O Departamento de Justiça dos EUA informou em comunicado que os hackers russos que usaram o malware, chamado “Snake”, trabalham para o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).
Os hackers roubaram centenas de documentos “sensíveis” de sistemas de computadores em pelo menos 50 países, incluindo de membros da OTAN, durante quase 20 anos utilizando o malware, de acordo com as autoridades dos EUA.
Depois de roubar os documentos, os criminosos virtuais extraíam os dados de computadores nos EUA e em outras partes do mundo infectados com o “Snake”.
As autoridades dos EUA desativaram o malware com uma ferramenta especial do FBI chamada “Perseus”, que envia comandos ao malware para sobrescrever seus componentes vitais.
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, afirmou no comunicado que Washington e seus aliados continuarão a fortalecer as defesas conjuntas contra as tentativas de Moscou de minar sua segurança.
De acordo com os documentos, os EUA vêm investigando o malware há anos e monitoravam a atividade dos agentes do FSB responsáveis pelo seu uso, os quais operavam em uma instalação dos serviços de segurança russos.
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