Por Tom Ozimek
Elon Musk fez uma oferta para comprar “100 por cento do Twitter” por cerca de US $43 bilhões, segundo um documento regulatório, com o magnata da tecnologia dizendo que quer atingir o “potencial extraordinário” da empresa para se tornar uma verdadeira plataforma de liberdade de expressão.
Musk se ofereceu para comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação em dinheiro, segundo uma carta endereçada ao presidente do Twitter, Bret Taylor, anexada como anexo a um registro na Securities and Exchange Commission (SEC) em 14 de abril (pdf).
“O Twitter tem um potencial extraordinário. Vou desbloqueá-lo”, escreveu Musk.
A medida equivale a uma oferta para transformar o Twitter em uma empresa privada, efetivamente dando a Musk o controle de seu funcionamento.
‘Eu acredito no seu potencial’
Musk, no passado, questionou o compromisso do Twitter com a liberdade de expressão e recentemente comprou quase 10 por cento da empresa, provocando especulações sobre se ele planeja abalar as políticas de moderação da empresa, que foram acusadas de terem um viés anti-conservador.
O Twitter negou repetidamente as alegações de censurar alguns pontos de vista minoritários ou politicamente conservadores.
“Investi no Twitter porque acredito em seu potencial de ser a plataforma para a liberdade de expressão em todo o mundo e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, escreveu Musk na carta.
Depois que a compra de Musk de 9,2 por cento do Twitter fez dele seu maior acionista individual, ele recebeu uma oferta de assento no conselho administrativo da empresa, que ele inicialmente pareceu aceitar, mas depois recusou.
Recusar a vaga no conselho alimentou especulações de que Musk poderia ter planos de comprar o Twitter. Um documento da SEC observou que Musk não tinha “planos ou intenções atuais” de comprar mais ações do Twitter, mas “se reserva o direito de mudar seus planos a qualquer momento”.
‘A liberdade de expressão é essencial’
Musk repetidamente questionou o compromisso do Twitter com a liberdade de expressão.
Postando no Twitter para seus mais de 80 milhões de seguidores em 25 de março, Musk escreveu que “a liberdade de expressão é essencial para uma democracia em funcionamento” e perguntou a seus seguidores se eles acreditam que o Twitter “adere rigorosamente” a esse princípio.
Mais de 2 milhões de usuários do Twitter participaram, com 70,4% votando “não”.
Notícias anteriores sobre o maior envolvimento de Musk no Twitter, incluindo sua potencial ascensão a membro do conselho, foram recebidas com pedidos de conservadores para que ele traçasse um novo rumo na empresa.
Monica Crowley, ex-secretária assistente do Tesouro de Trump, disse em um tweet: “Agora que Elon Musk é o maior acionista do Twitter, ele deve exigir o fim da censura política, uma reforma em toda a empresa e a reintegração do presidente Trump”.
O Twitter baniu o ex-presidente da plataforma após a violação do Capitólio em 6 de janeiro, alegando que suas postagens violavam a política de glorificação da violência.
‘Precisa ser transformado’
A carta de Musk para Taylor deixa claro que ele está tentando pressionar algum tipo de liberdade de expressão no Twitter.
“Desde que fiz meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social em sua forma atual. O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada”, disse Musk, referindo-se ao “imperativo social” da liberdade de expressão.
Ele disse que estava se oferecendo para comprar “100 por cento do Twitter por US$ 54,20 por ação em dinheiro
“Essa é oferta é minha melhor e final e, se não for aceita, precisarei reconsiderar minha posição como acionista”, acrescentou.
No momento do relatório, as ações do Twitter subiram quase 7% nas negociações pré-mercado.
O Epoch Times entrou em contato com o Twitter para comentar a oferta de compra de Musk. A empresa respondeu com um comunicado dizendo que recebeu a proposta “não solicitada e não vinculativa” de Musk, acrescentando que a “revisaria cuidadosamente” e tomará as decisões que acredita serem do melhor interesse da empresa e dos acionistas.
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