A empresa X Corp. de Elon Musk, está processando a Global Alliance for Responsible Media (GARM)), formada por líderes da indústria de mídia e publicidade, sob a acusação de ter coordenado o boicote massivo de anunciantes ao X (antigo Twitter) em 2022. Nesta terça-feira, 6, o bilionário usou sua rede social para divulgar a decisão: “Tentamos paz por dois anos. Agora é guerra”, escreveu.
O processo foi ajuizado em um tribunal federal do Estado do Texas, nos Estados Unidos. Musk afirma que a atitude do grupo da indústria causou perdas de bilhões de dólares ao X, além de ter violado as leis antitrust.
A GARM tem mais de 100 membros, como os gigantes da indústria Procter & Gamble, CVS Health e a Unilever. Entre os que retiraram seus anúncios da plataforma de Musk estão a Apple e a Walt Disney. A alegação para o cancelamento publicitário foi de que o X poderia não seguir certos padrões de “segurança da marca” após o empresário ter comprado a rede social.
Musk adquiriu o antigo Twitter por U$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 246 bilhões na cotação de hoje) e, tão logo tomou posse, alterou a equipe e a política da empresa.
Conforme um vídeo publicado pela CEO da X, Linda Yaccarino, a decisão de processar os anunciantes foi impulsionada por um relatório do Comitê Judicial da Câmara dos EUA, liderado por deputados conservadores. O documento comprova que “um grupo de empresas organizou um boicote sistemático e ilegal” contra o X.
“Para simplificar, as pessoas são prejudicadas quando o mercado de ideias é enfraquecido e alguns pontos de vista não são financiados em relação a outros como parte de um boicote ilegal”, disse Yaccarino, “Esse comportamento é uma mancha em uma grande indústria e não pode ser permitido continuar.”
O X alega ter havido uma restrição “nua e crua” ao comércio. Um dos homens mais ricos do mundo, Musk tem se posicionado como um defensor da liberdade de expressão em sua plataforma de mídia social e, com isso, colecionado desafios legais relacionados ao tema.
Rumble também processará anunciantes
A Rumble, uma plataforma canadense de compartilhamento de vídeo, que deixou o Brasil em 2023 depois de sanções impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, anunciou que também entrará com um processo próprio contra a GARM e a Federação Mundial de Anunciantes pelo tribunal federal do Texas.
Conforme divulgação da Rumble, a plataforma, que é associada a uma linha mais conservadora, usará as mesmas alegações que a X para mover sua ação contra os anunciantes.