Por Anastasia Gubin, Epoch Times
Um estudo recriado experimentalmente pela Universidade de Cornell em 2015 sugere que a vida não existe apenas em um ambiente à base de água, com oceanos como os conhecemos e com tecidos resistentes à água.
Astrônomos descobriram novos mundos no Sistema Solar com incríveis oceanos de metano líquido e começaram a analisar como seria a vida por lá. Um desses lugares é Titã, a lua de Saturno.
Agora que os astrônomos têm uma ideia mais clara de como seriam essas possíveis vidas alienígenas, a NASA planeja explorar.
“Titã é um mundo oceânico muito singular porque tem um oceano no subsolo e também tem lagos de hidrocarbonetos líquidos na superfície”, disse Amanda Hendrix, cientista planetária da NASA responsável pelo programa de exploração dos mundos do Sistema Titã para a Express esta semana.
“Portanto, pode haver alguma forma maluca de vida formada por metano bem ali na superfície de Titã.”
Em 2017, a NASA confirmou que o precursor químico necessário para o desenvolvimento dessa rara vida alienígena no metano é o acrilonitrilo, e isso realmente existe. Também em Titã, este acrilonitrilo existe em abundância na atmosfera da lua, sendo continuamente depositado na superfície.
O acrilonitrilo é conhecido na Terra como cianeto de vinilo e é utilizado na fabricação de plásticos. A NASA identificou sua impressão digital química na estratosfera. Ela a identificou como uma nebulosa na atmosfera que dá a esta lua sua coloração laranja-marrom. Esta informação de Titã foi obtida pelo Observatório ALMA (Arreme Milimetricó e sub milímetros de Atacama) no Chile.
Maureen Palmer, pesquisadora de Astrobiologia do Goddard Center da NASA, destacou que “as evidências são convincentes”.
Hendrix disse que “os mundos oceânicos podem representar a melhor possibilidade, em nosso Sistema Solar, de encontrar vida. Precisamos entender se esses oceanos são habitáveis e, em caso afirmativo, se esses oceanos realmente abrigam vida.”
Além de Titã, existem outras luas que podem conter vida alienígena. Uma delas é a lua de Encélado, a sexta maior lua de Saturno, e Europa, a menor das quatro luas mais conhecidas de Júpiter.
Claro que, esclareceu a cientista, elas não terão a aparência de “alienígenas com cabeças verdes nadando por ali”, mas “formas de vida simples”.
A NASA está decidindo entre duas possíveis missões exploratórias para estudar os misteriosos mundos de metano, que são a Dragonfly e a Caesar.
A missão Dragonfly propõe lançar um módulo de pouso em Titã para investigar sua superfície. A outra missão Caesar (Comet Astrobiology Exploration SAmple Return) irá recolher amostras de gelo dos cometas mais conhecidos.
“Acho que a decisão sobre qual delas será executada será tomada ainda este ano. Uma dessas missões será lançada o mais cedo possível, o que é muito empolgante”.