Por Marina Dalila, Epoch Times
Alga com gosto de bacon? Será possível? O improvável já é realidade na OSU – Oregon State University – onde pesquisadores patentearam um novo tipo de alga vermelha chamada dulse, que foi cultivada durante quinze anos pelo pesquisador Chris Langdon e sua equipe no OSU Hatfield Marine Science Center.
Desde que a Organização Mundial de Saúde oficialmente classificou a carne vermelha como um dos prováveis carcinogênicos em humanos, sendo as carnes processadas como bacon, salsicha e linguíça classificadas como carcinogênicas de grupo 1, ou seja, tão prejudiciais à saúde como o cigarro e o amianto, a preocupação com o consumo destes alimentos e a busca por novas alternativas têm aumentado.
Quem atentou para a comercialização da alga foi Chuck Toombs, membro da Faculdade de Negócios da OSU, que, ao se deparar com o cultivo da planta no laboratório de Langdon, informou que ela poderia ser um excelente produto devido ao seu valor nutricional. A partir de então, várias pesquisas têm sido lideradas por Langdon no desenvolvimento de novos produtos à base de dulse, que vão desde biscoitos crackers à molhos para salada.
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A alga dulse é tão nutritiva que é vendida em pó como suplemento alimentar, e sua versão do tipo bacon é uma excelente fonte de minerais (cálcio, magnésio e ferro), vitaminas e antioxidantes, possuindo também 16 por cento de proteína na versão desidratada, conforme informou Langdon. Além disso, Chuck Toombs disse em uma publicação da Universidade que a dulse possui duas vezes mais nutrientes do que a couve, sendo considerada um super alimento.
Com todos estes benefícios, a alga dulse também tem múltiplas funções terapêuticas para o organismo humano: melhora a visão (vitamina A), diminui a pressão arterial (potássio), previne a osteoporose (cálcio e magnésio), contribui para a boa saúde da tireóide (iodo) e fortalece o sistema imunológico (vitamina C).
Esta alga é um produto de fácil cultivo por crescer rapidamente e poder ser cultivada em sistema de recirculação de água, sendo possível criar uma indústria de larga escala em tanques, quase tão facilmente como na natureza, disse Langdon, sendo necessárias poucas algas e luz do sol.
Com a crescente demanda por alternativas à carne, nichos de mercados como o dos alimentos veganos (um dos focos da equipe de Langdon) têm se transformado em um negócio promissor. Atualmente, os maiores mercados de produtos veganos certificados são os Estados Unidos ($1,75 bilhão), em seguida a Alemanha ($614 milhões) e em terceiro lugar a Grã-Bretanha ($507 milhões), informou o Sydney Morning Herald.
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