Um estudo recente publicado na revista Nature trouxe à tona uma realidade preocupante: cerca de 25% das espécies de animais de água doce estão em risco de extinção.
Barragens, mineração ilegal e a crescente poluição das águas são apontados como os principais vilões desse cenário.
Liderada pela zoóloga Catherine Sayer, a pesquisa revela que, apesar dos ambientes de água doce ocuparem menos de 1% da superfície terrestre, eles abrigam aproximadamente 10% das espécies animais do planeta.
A perda dessas espécies implica em um impacto global que reverbera por toda a cadeia ecológica. Sendo principalmente os trópicos, com ecossistemas como a bacia do Amazonas, as regiões mais afetadas.
No entanto, áreas fora dos trópicos, como o leste dos Estados Unidos, também possuem uma biodiversidade aquática única que está igualmente sob ameaça.
Surpreendentemente, muitas dessas espécies ainda são desconhecidas, principalmente nas áreas de difícil acesso.
A pesquisa também mostra que, enquanto a biodiversidade global é amplamente documentada, as espécies ameaçadas vivem em habitats fragmentados, tornando ainda mais difícil garantir sua preservação.
Para reverter esse quadro, é fundamental proteger esses ecossistemas e adotar políticas que minimizem os impactos humanos, como o controle da mineração e a redução da poluição das águas.