Conhecido como entomofagia, o consumo de insetos é comum em várias partes do mundo.
No Brasil, os insetos comestíveis já estão presentes em diversas tradições culinárias. Um exemplo é a farofa feita com formiga tanajura, popular em Minas Gerais e no Nordeste. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula a presença de fragmentos de insetos em produtos alimentícios, sinalizando sua aceitação e regularidade.
Vários insetos são consumidos mundialmente, cada qual com suas características nutricionais. Os grilos, por exemplo, são ricos em ferro, proteína e vitamina B12. Nos Estados Unidos, são frequentemente moídos e adicionados a shakes e farinhas. Já os gafanhotos são populares no México e na África.
Os cupins – conhecidos por sua capacidade de destruir madeira – são fontes de proteína em muitas partes da África. Eles são consumidos fritos, defumados ou secos ao sol. Formigas, especialmente suas larvas, são apreciadas na Ásia e América do Sul, inclusive no Brasil, onde são usadas em pratos sofisticados por chefs renomados.
As larvas de abelha, comuns na Tailândia e usadas pelos aborígenes australianos, são ricas em aminoácidos e vitaminas B, e têm textura amanteigada. Os besouros são fonte de proteínas e vitaminas, podendo ser consumidos torrados ou em receitas.
Outros insetos como larvas-da-farinha, moscas e lagartas também são consumidos em variadas partes do mundo. As larvas-da-farinha são ricas em ácidos graxos e minerais, e são frequentemente usadas em tortilhas, no México. As moscas são usadas no leste da África para enriquecer produtos de panificação, enquanto as lagartas, consumidas em grande quantidade na África e na Ásia, são importantes fontes de proteínas, especialmente durante a estação chuvosa.
A cochonilha, um pequeno hemíptero do México, é amplamente consumida na forma de corantes alimentícios como escarlate e carmesim.
Estudos indicam que até 3% da população pode ser alérgica a insetos, semelhante a reações a frutos do mar.