Cientistas internacionais iniciam busca pelo “monstro” do Lago Ness (Vídeo)

25/05/2018 Meio Ambiente

Por Epoch Times

Uma equipe internacional de cientistas liderada pelo professor Neil Gemmell da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, se prepara para investigar as turvas águas do Lago Ness, na Escócia, em junho de 2018, com o objetivo de encontrar vestígios do lendário “monstro”.

“A história do monstro do Lago Ness é um dos maiores mistérios do mundo. Esperamos por mais de mil anos para obter uma resposta sobre sua existência. Agora, estamos a apenas alguns meses de distância”, afirmou a equipe científica em um comunicado de 21 de maio.

Representação artística do monstro Ness como plesiossauro, fora do Museu de Nessie, na Escócia (Wikimedia)
Representação artística do monstro Ness como plesiossauro, fora do Museu de Nessie, na Escócia (Wikimedia)

Os pesquisadores relataram que coletarão amostras de DNA ambiental (eDNA) das águas para identificar traços minúsculos de DNA das criaturas que vivem no lago.

Eles criarão uma lista detalhada de toda a vida existente no lago e farão comparações entre ele e vários outros lagos para descobrir suas diferenças.

Existe a chamada “hipótese Jurássica”, de que no lago existe realmente um grande réptil marinho que se pensava extinto. Só o DNA pode confirmar isso.

O professor Gemmell disse que “ficaria muito surpreso, mas que tem uma mente aberta quanto ao que poderão encontrar”.

Monstro do Lago Ness, ilustração feita a partir de declarações de uma testemunha (Wikimedia)
Monstro do Lago Ness, ilustração feita a partir de declarações de uma testemunha (Wikimedia)

“Grandes peixes como o bagre e o esturjão foram citados como possíveis explicações para o mito dos monstros, e poderemos testar essa ideia e outras”, disse Gemmell.

O objetivo da expedição vai além de uma simples caça ao monstro. Loch Ness é apenas “o gancho deste projeto”.

Monstro do Lago Ness em uma fotografia falsificada (Wikimedia)
Monstro do Lago Ness em uma fotografia falsificada (Wikimedia)

Os cientistas irão documentar novas espécies vivas, incluindo bactérias, e informações completas sobre espécies nativas e várias novas espécies invasoras recentemente vistas no lago, como o salmão rosa do Pacífico.

“Cada vez que uma criatura se move através de seu entorno, ela deixa pequenos fragmentos de DNA da pele, escamas, penas, fezes e urina. Esse DNA pode ser colhido, sequenciado e usado para identificar essa criatura comparando-se a sequência obtida com grandes bases de dados de sequências genéticas conhecidas de 100 mil diferentes organismos. Se não for possível encontrar uma correspondência exata, podemos tentar descobrir em que ramo da árvore genética se encaixa essa sequência”, explicou o professor.

Gemmell montou uma equipe entusiasta de líderes científicos mundiais do Reino Unido, Dinamarca, Estados Unidos, Austrália e França, incluindo alguns dos pioneiros e líderes neste novo campo de estudo.

“Há uma quantidade extraordinária de novos conhecimentos que obteremos ao trabalhar com os organismos que habitam Loch Ness, o maior corpo de água doce do Reino Unido”, disse ele. “O uso da amostragem de eDNA já está bem estabelecido como uma ferramenta para monitorar tubarões, baleias, peixes e outros animais”.