Há algumas afirmações controversas em circulação sobre as Américas terem sido alcançadas por culturas ultramarinas antes de Colombo ter feito sua bem conhecida visita ao “Novo Mundo” em 1492. Por exemplo, o físico e filólogo italiano Lucio Russo apresentou o argumento de que os antigos gregos atingiram as Américas muito antes de Colombo.
Outro argumento intrigante sugere que os chineses “descobriram” as Américas 70 anos antes da famosa viagem.
A sugestão de que a chegada chinesa precede a de Cristóvão Colombo às Américas é um grande argumento do historiador amador Gavin Menzies. Na verdade, parece que Menzies tem feito sua carreira indo contra a visão dominante sobre o passado.
Três de seus livros mais debatidos são “1421: o ano que a China descobriu o mundo”, um livro que reivindica que uma frota chinesa liderada pelo almirante Zheng He chegou às Américas em 1421; sua continuação “1434: o ano em que uma magnífica frota chinesa navegou para a Itália e iniciou o Renascimento”; e um texto que muitos críticos ridicularizam, “O império perdido da Atlântida: o maior mistério da história revelado”.
Você pode se questionar sobre as alegações de Menzies. No texto “Quem descobriu a América: a história não contada do povoamento das Américas”, Menzies argumenta que um mapa chinês de 1418 fornece evidência e apoia seu argumento de que os chineses exploraram as Américas em 1421.
Especificamente, Menzies faz menção a um mapa traçado pelo almirante Zheng He, que parece mostrar os rios e a costa da América do Norte e parte da América do Sul. Estudos de DNA também são usados como evidências de que os indígenas americanos estão relacionados às ondas de colonos asiáticos que ele afirma terem chegado às Américas.
Um perito e avaliador da famosa casa de leilões Christie’s teria confirmado a autenticidade do mapa. Historiadores também teriam afirmado que o mapa foi produzido na Dinastia Ming (1368-1644). Menzies diz que a validade do mapa também pode ser usada para explicar os nomes chineses de várias cidades e regiões do Peru.
Menzies tem sido repetidamente criticado e ridicularizado pela comunidade acadêmica.
Por exemplo, Felipe Fernández-Armesto, um professor de história da Universidade de Londres, sugeriu que os livros de Menzies são “o equivalente histórico de relatos sobre Elvis Presley num supermercado ou de encontros com roedores alienígenas”.
Embora seja verdade que Menzies possa não estar correto em suas reivindicações, é extremamente lamentável que uma pessoa corajosa o suficiente para expor suas conjecturas tenha sido tão ridicularizada por apresentar ideias inovadoras que contrariam o conhecimento estabelecido.
Republicado com permissão de Ancient Origins