Por Agência EFE
A multinacional americana de comércio eletrônico Amazon pediu a todos os seus funcionários na sexta-feira para remover a rede social chinesa TikTok de seus telefones, alegando “riscos à segurança”, numa época em que o governo Donald Trump está pensando em proibir seu uso no país.
Em uma carta aos trabalhadores, a gerência da Amazon explicou que “devido a riscos à segurança”, o aplicativo TikTok “não é mais permitido em telefones celulares através dos quais uma conta de email corporativa é acessada” e deu a eles prazo para excluí-lo até o final de hoje.
Caso um funcionário da empresa não remova o aplicativo do dispositivo, a empresa retirará o acesso à sua conta de email.
A empresa dirigida por Jeff Bezos continuará a permitir, “por enquanto”, os trabalhadores que desejam acessar o TikTok a partir de seus laptops, embora essa seja uma opção muito menos popular e comum do que fazer login via telefone celular.
O TikTok é uma rede social desenvolvida pela ByteDance, com sede em Pequim (China), na qual vídeos curtos são compartilhados e que obtiveram grande sucesso nos últimos anos, principalmente entre adolescentes, mas que, ao mesmo tempo, aumentaram bastante dúvidas sobre a segurança dos dados do usuário e seus vínculos com o regime do Partido Comunista Chinês.
Assim, no final de junho, o governo da Índia bloqueou o TikTok e outras cinquenta aplicações chinesas no meio da disputa territorial que mantém com seu país vizinho, enquanto a Austrália e os EUA revelaram que estão estudando seguir os mesmos passos.
No caso dos EUA, foi o secretário de Estado, Mike Pompeo, que explicou em uma entrevista na televisão que ele e Trump “estão levando essa possibilidade a sério” e alertou os americanos que deveriam ser cautelosos ao usar o TikTok se você não quiser que suas informações privadas caiam “nas mãos do Partido Comunista Chinês”.
Depois de tomar conhecimento da decisão da Amazon, a TikTok disse em um comunicado que não entende quais são as preocupações de segurança da empresa e pediu que elas iniciem um diálogo “para resolver qualquer problema que possam ter e permitir que continuem fazendo parte da nossa comunidade”.
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