Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Acabamos de ver uma das melhores chuvas de meteoros do ano passar pela Terra com as Perseidas — mas, à medida que a observação de estrelas do verão vai diminuindo em agosto, o céu noturno ainda não acabou, pois a primeira superlua de 2024 surge em poucas semanas.
Essa “superlua”, a primeira de quatro neste ano, não será apenas maior do que a média (elas podem parecer até 7% maiores); ela se tornará ainda mais rara pelo fato de ser também uma lua azul. Tradicionalmente, a lua cheia de agosto também é chamada de Lua do Esturjão. E essa lua se sobreporá ao planeta Saturno, portanto, haverá muita conversa sobre a lua neste verão.
Em 19 de agosto, a lua atingirá o pico de plenitude às 14:16 EDT, ou seja, no meio da tarde para os americanos. Teremos que esperar até depois do nascer do sol para ver uma lua quase cheia que parecerá cheia ao olho humano. As luas cheias estão sempre diretamente opostas ao sol (é por isso que são cheias), portanto, olhe diretamente para o leste para vê-la nascer no momento em que o sol se põe no oeste.
Com relação aos títulos superlua, lua azul e lua de esturjão, vamos esclarecer isso: As superluas parecem maiores porque a órbita da lua não é exatamente circular, mas elíptica, portanto, à medida que ela orbita, em determinados pontos ela estará mais próxima ou mais distante da Terra. Quando está mais próxima e parece maior, ela atingiu seu perigeu, que será em 21 de agosto — muito próximo da lua cheia, o que a torna uma superlua por definição. No que diz respeito às superluas, aproximar-se do perigeu é o suficiente, pois raramente é possível ter precisão.
Enquanto isso, o ponto da lua mais distante da Terra é o apogeu e, quando a lua cheia passa por cima dele, será o oposto da superlua: a micromua.
As luas azuis estão emaranhadas com figuras de linguagem — quando algo acontece muito raramente, dizemos que acontece “uma vez em uma lua azul”, embora elas também aconteçam fisicamente. Normalmente, há três luas cheias a cada estação, uma por mês. Mas, de vez em quando, ocorrem quatro em uma estação, pois os ciclos lunares extras às vezes aparecem no início ou no final de um mês; quando ocorrem quatro, a terceira lua cheia da estação se torna uma lua azul. Essa lua cheia de agosto se qualifica.
Quanto à lua de esturjão, esse é o nome da lua cheia de agosto. Os nomes tradicionais têm origem nas culturas colonial e nativa americana. Esturjão faz referência à época em que o esturjão gigante dos Grandes Lagos e do Lago Champlain era facilmente capturado como um importante alimento básico para as tribos nativas da região.
Esses peixes que se alimentam no fundo do mar gostam de “remexer” a lama (daí o nome stur-geon [referência ao verbo “stir”, do inglês]) no fundo dos lagos quando estão caçando. Eles datam de 136 milhões de anos atrás e foram apelidados de “fósseis vivos”. Eles podem viver até 150 anos e podem variar do tamanho de um robalo até o tamanho de um Volkswagen.
Aí está: uma lua cheia superazul de esturjão.
Mas a lua ainda tem um último florescimento reservado antes de desaparecer. Em 21 de agosto, ela estará próxima ao planeta Saturno e depois passará por cima dele, a partir de certos pontos de vista na Terra. Quando um corpo celeste passa na frente de outro, o evento é conhecido como ocultação. Enquanto a América Latina, a Europa e a África poderão testemunhar a ocultação de Saturno pela Lua, os americanos verão uma passagem próxima às 23h EDT, logo após o pôr do sol, quando a lua cheia do esturjão passar ligeiramente ao norte do planeta com aneis.
