A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, não descartou nesta terça-feira que o governo americano imponha novas sanções à China por violação dos direitos humanos.
“Certamente temos preocupações legítimas com relação à China, em primeiro lugar pela segurança nacional. Devemos proteger nossos interesses e não ceder nesse ponto”, disse Yellen ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes.
Segundo Yellen, o presidente dos EUA, Joe Biden, “acredita que os abusos dos direitos humanos devem ser punidos”.
“Além disso, temos preocupações legítimas sobre o comportamento da China em algumas áreas relacionadas ao comércio”, acrescentou a secretário do Tesouro.
Yellen enfatizou que estão sendo analisadas “potenciais restrições aos investimentos no exterior que podem afetar as empresas de capital de risco que investem em empresas chinesas com conexões com as Forças Armadas chinesas”.
A secretária do Tesouro lembrou que, embora já existam sanções para impedir que os americanos façam negócios com empresas ou entidades envolvidas na violação dos direitos humanos, ainda estão considerando se outras podem ser aplicadas.
“Um princípio básico da política dos EUA com a China é que não faremos negócios com a China nos casos em que os direitos humanos forem violados”, ressaltou.
Yellen salientou que seu país não vai apoiar nem votar a favor de o Banco Mundial fazer empréstimos à China, algo que acontece de forma muito limitada.
“E trabalhamos para convencer outros países do Banco Mundial a interromper esse financiamento”, completou, para em seguida ressaltar que “desvincular-se” da China seria um “grande erro”.
“A China se beneficia ao comprar de nós e nós nos beneficiamos de nossa capacidade de exportar para a China. É uma interação muito valiosa e, embora certamente tenhamos preocupações que precisam ser abordadas, desvincular-se seria um grande erro”, disse ele.
Yellen também considerou que instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) servem como um “contrapeso importante para empréstimos não transparentes e insustentáveis” de outros como a China.
“Essas instituições refletem os valores americanos (…) Sua ajuda está ligada a fortes requisitos de governança, prestação de contas e sustentabilidade da dívida”, afirmou a secretária do Tesouro, que disse estar buscando a aprovação do Congresso para aumentar o investimento nos países em desenvolvimento como forma de combater a influência chinesa “em tempos de competição geopolítica”.
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