Xi Jinping pediu para o diretor da OMS ocultar informações sobre a COVID-19

11/05/2020 23:37 Atualizado: 16/05/2020 09:42

Por Emmanuel Alejandro Rondón, PanAn Post

Outro episódio relatado pela revista Der Spiegel revela como um relatório de inteligência alemão aponta que o líder chinês Xi Jinping fez uma solicitação pessoal a Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, para adiar o alerta global da ameaça que representava o vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), mais conhecido como novo coronavírus. A OMS sustenta que as informações são falsas.

O artigo da renomada revista nasceu de uma reportagem do ‘Bundesnachrichtendienst’ (BND), que é o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha, e afirma que, em uma reunião entre Jinping e Adhanom, o presidente pediu para adiar ou reter essas informações valiosas para o mundo.

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“Em 21 de janeiro, o líder chinês Xi Jinping pediu ao chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que retivesse informações sobre a transmissão de homem para homem e atrasasse o aviso de uma pandemia”, diz o BND.

Após o lançamento da notícia, a OMS emitiu uma declaração chamando os dados fornecidos por Der Spiegel de “infundados e incorretos”.

“Tedros e o presidente Xi Jinping não falaram em 21 de janeiro e nunca falaram ao telefone. Tais relatórios imprecisos distraem e prejudicam os esforços da OMS e do mundo para acabar com a pandemia da COVID-19”, diz a declaração da OMS que está fortemente ligada à China no gerenciamento da pandemia.

De acordo com a agência de saúde da ONU, “a China confirmou a transmissão humano para humano do novo coronavírus em 20 de janeiro, antes da suposta conversa telefônica, e a OMS declarou publicamente em 22 de janeiro que os dados coletados sugeriam que transmissão de humano para humano estava acontecendo em Wuhan”.

Os escândalos recorrentes da OMS na gestão da pandemia

A Organização Mundial da Saúde tem sido repetidamente alvo de polêmica por suas ações contra a pandemia causada pelo vírus da COVID-19. As acusações não são em vão, já que a própria OMS constantemente cai em inconsistências, contradições e erros, que não ajudam em nada a combater a COVID-19.

Por exemplo, ao publicar no Twitter em janeiro que não havia evidências de que o vírus do PCC se espalhasse entre os seres humanos, sendo que desde dezembro havia sido denunciado oficialmente o que estava acontecendo na cidade de Wuhan: