Por Agência EFE
A Rússia e a China estão por trás de muitas das fraudes, desinformação e outras formas de manipulação e distorção de notícias que estão se espalhando durante a pandemia do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), comumente conhecido como o novo coronavírus, de acordo com um relatório da unidade especial da UE que monitora esse fenômeno.
O documento, que analisa o período de 2 a 22 de abril, conclui que “fontes oficiais e apoiadas pelo Estado de vários governos, incluindo a Rússia e, em menor grau, a China” permanecem por trás das narrativas de conspiração e desinformação dirigida a “amplos públicos”, tanto na UE como em outros países.
Em particular, ele explica que, no período coberto por este relatório, “foi confirmado que fontes pró-Kremlin e a mídia estatal russa continuam realizando uma campanha coordenada com o duplo objetivo de prejudicar a UE e sua resposta à crise e semear confusão sobre as origens e implicações do vírus para a saúde”.
A desinformação apoiada pelo Kremlin sobre o vírus do PCC “continua a proliferar amplamente nas mídias sociais, mesmo que contradiga as orientações oficiais da OMS e as políticas de conteúdo das empresas de mídia social”, acrescentou ele.
Há também evidências “de um esforço coordenado por fontes oficiais chinesas para evitar qualquer culpa pelo surto da pandemia” e anúncios publicitários e entregas de ajuda (de saúde) aos países “, com pesquisas em certos países mostrando que a China é vista como mais útil no combate à pandemia do que a UE “.
As autoridades chinesas “tentam restringir qualquer menção a Wuhan como a origem do COVID-19” e “alguns canais de mídia social controlados pelo estado continuam a espalhar a teoria do surto em Wuhan ligado a representantes militares dos EUA”, com a intenção de criar confusão sobre origem.
Também há “evidências significativas das operações secretas da China nas mídias sociais”, acrescentou o relatório.
Além de campanhas direcionadas e às vezes apoiadas pelo Estado, “as teorias da conspiração e o conteúdo falso ou enganoso sobre o COVID-19 continuam a proliferar nas plataformas de mídia social”.
O relatório indica que, de acordo com a ONG Avaaz, “milhões de usuários do Facebook ainda correm o risco de receber informações prejudiciais sobre o coronavírus (vírus do PCC) em larga escala”.
Segundo o relatório, um terço das pessoas pesquisadas em seis países (Argentina, Alemanha, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos) afirmou ter visto “uma grande quantidade” de informações falsas ou enganosas sobre a COVID-19 nas redes sociais e aplicativos de mensagens na semana anterior (até 15 de abril).
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