Mesmo se comparado com outras visitas importantes de chefes de Estado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu um tratamento super VIP na China.
A China é a terceira parada na turnê do presidente americano pela Ásia, e ele passou dois dias lá. O presidente e a primeira-dama Melania Trump chegaram a Pequim por volta das 14h40 no dia 8 de novembro, e foi logo acompanhado pelo líder chinês Xi Jinping e sua esposa, Peng Liyuan, em uma visita guiada à Cidade Proibida, de acordo com a mídia estatal chinesa.
Desde o início, as autoridades chinesas já destacavam o tratamento especial que Trump receberia. O embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai, disse a jornalistas que a visita do presidente dos EUA será “visita de Estado plus“, com arranjos para interações privadas e informais entre os dois chefes de Estado, além da habitual cerimônia de boas-vindas e reuniões oficiais.
O complexo do palácio imperial da Cidade Proibida, com 500 anos de história, foi a sede do poder para as dinastias Ming e Qing.
Ambos os líderes americano e chinês visitaram o grande complexo em 8 de novembro, após o que Trump foi tratado com um banquete noturno na antiga residência do Imperador Qianlong, o Palácio de Jianfu.
O palácio geralmente está fora dos limites permitidos ao público. Tendo sido um dos palácios mais íntimos da corte imperial, a reunião de Xi e Trump ter acontecido ali teve um significado especial.
O palácio de Jianfu hospedou muitos tesouros imperiais preciosos. Em 1923, um incêndio destruiu grande parte da arquitetura. Ficou praticamente intocado até as reformas, iniciadas em 1999 e concluídas em 2005.
Após o banquete, o presidente americano conversou um pouco de forma descontraída com Xi na sala de estudo de Qianlong, o Salão Sanxi.
Ao hospedar o presidente dos Estados Unidos na sala usada em particular por um dos imperadores mais bem vistos e poderosos da história chinesa, parece que Xi deu a Trump uma consideração especial. Quando o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou Pequim em novembro de 2014, foi recebido em Yingtai, uma ilha ornamental dentro de Zhongnanhai, um antigo jardim imperial que agora serve ao complexo da liderança do Partido Comunista Chinês (PCC). Como Yingtai foi usado principalmente como uma área recreacional imperial, a recepção com Trump parece ser uma atualização.
Um interessante curiosidade histórica: o líder do PCC, Mao Zedong, nunca pôs o pé na Cidade Proibida. Há rumores de que Mao já consultara um adivinho, e o vidente lhe disse então para que nunca entrasse no palácio imperial ─ se não, seu poder seria comprometido.
Em 9 de novembro, o presidente apareceu no Grande Salão do Povo de Pequim para uma cerimônia de boas-vindas e se reuniu com empresários da China. À tarde, Trump se encontrou com o primeiro-ministro, Li Keqiang, seguido de um banquete noturno. A mídia estatal chinesa citou também atividades privadas na agenda da Trump na China que não seriam divulgadas.
Trump já esteve com Xi duas vezes antes, uma em abril deste ano, no resort Mar-a-Lago de Trump, na Flórida, e, vários meses depois, na cúpula do G20 realizada em Hamburgo, na Alemanha, em julho.
Colaboraram: Luo Ya, Wen Pu e NTD Television
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