Por EFE
Washington, 13 mar – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira emergência nacional devido ao avanço do coronavírus, uma medida que permite o desbloqueio de até US$ 50 bilhões em verbas federais para ajudar estados e municípios dos EUA a combater a doença.
“Para dar rédea solta ao poder do governo federal, estou declarando uma emergência nacional hoje”, disse Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.
Trump também anunciou uma parceria com o setor privado para aumentar a disponibilidade de exames médicos para detectar o coronavírus, cuja escassez em todo o país tem sido uma das maiores fontes de crítica à Casa Branca no combate ao problema.
O presidente americano afirmou que o país terá “1,4 milhão de testes disponíveis na próxima semana e 5 milhões dentro de um mês”, mas frisou não acreditar que tantos testes sejam “necessários”.
Trump também anunciou que o Google “está ajudando a desenvolver um site oficial” que ajudará os americanos a “tomar uma decisão sobre se devem fazer um teste” e, em caso afirmativo, direcioná-los para o “lugar certo”.
O presidente dos EUA disse ainda que está trabalhando para disponibilizar “testes dentro de automóveis em locais com impacto crítico” do coronavírus, uma medida que já foi implementada na Coreia do Sul.
Na entrevista, Trump anunciou que, para controlar o preço do petróleo, pediu ao secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette, para “comprar grandes quantidades de petróleo bruto para a reserva estratégica” do país.
“Vamos levá-lo para cima”, afirmou.
Para ajudar os estudantes universitários em meio à crise gerada pela Covid-19, o presidente americano eliminou temporariamente os juros de todos os empréstimos estudantis ligados ao governo federal.
A declaração de emergência nacional baseia-se na Lei Stafford de 1988, que permite à Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA) ajudar os governos estaduais e municipais no caso de um “desastre”.
Os Estados Unidos detectaram pelo menos 1.629 casos de coronavírus até agora, e 41 pessoas morreram no país após contraírem a Covid-19, de acordo com os últimos dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).